O Ministério Público do Rio de Janeiro apontou que menos da metade dos policiais do Bope e da Core usou câmeras corporais na megaoperação dos complexos do Alemão e da Penha, em 28 de outubro. Segundo o comandante do Bope, Marcelo Corbage, apenas 77 dos 215 agentes da tropa portavam o equipamento, e na Core, 57 de 128. Ele e o chefe da Core, Fabrício Oliveira, disseram que faltavam baterias reservas e que a ação, planejada para durar até seis horas, se estendeu por 12.
A operação, que reuniu 2,5 mil agentes, terminou com 121 mortos e 113 presos. Relatório técnico do MPRJ identificou indícios de mortes “fora do padrão de confronto”, incluindo um corpo com tiros à curta distância e outro com sinais de decapitação. Todas as vítimas eram homens de 20 a 30 anos, atingidos por disparos de fuzil.
O documento destacou que muitos corpos vestiam roupas camufladas e portavam munição ou drogas, mas as lesões atípicas “destoavam das demais”. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que “a operação foi necessária, planejada e vai continuar”.
Difusora1 com informações do G1


