Moçambique: Eleições Desencadeiam Protestos e Descontentamento Generalizado

As recentes eleições em Moçambique foram o estopim para uma onda de manifestações e protestos que têm sacudido o país. De acordo com o professor e filósofo moçambicano Severino Ngoenha, essas manifestações não se limitam apenas a uma reação aos resultados eleitorais, mas também refletem um “descontentamento generalizado” com os problemas sociais que assolam a nação ¹.

As eleições gerais realizadas em 9 de outubro de 2024 foram marcadas por controvérsias, com a oposição alegando fraude e irregularidades. O candidato da oposição, Venâncio Mondlane, declarou-se vencedor, mas o resultado oficial concedeu a vitória ao candidato da FRELIMO, Daniel Chapo, com 71% dos votos ¹. Essa discrepância desencadeou uma onda de protestos violentos em todo o país.

A situação econômica do país também é um fator significativo para o descontentamento. A construção de uma usina de gás natural de 20 bilhões de dólares pela TotalEnergies SE foi adiada devido à insurgência em Cabo Delgado, exacerbando a crise econômica ¹. Os manifestantes expressam sua frustração, alegando que “não têm nada a perder” diante da situação desesperadora.

Ngoenha defende o “repensar o país”, uma iniciativa que visa reorganizar a sociedade moçambicana e redefinir suas instituições. Essa proposta busca abordar as raízes dos problemas sociais e políticos que têm afligido o país. Enquanto a tensão continua, a comunidade internacional tem condenado a violência e pedido uma investigação sobre as eleições ¹.

Redação

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