O Ministério Público da Paraíba (MPPB) deu início a uma série de ações voltadas ao combate ao racismo institucional, reafirmando o compromisso da instituição com a promoção de uma sociedade antirracista. A iniciativa, lançada em alusão ao Dia da Consciência Negra (20), busca consolidar práticas que enfrentem as desigualdades raciais e promovam a equidade no acesso a direitos.
A estratégia inclui a formação de grupos de trabalho, palestras educativas e articulação com outros órgãos e movimentos sociais. De acordo com o procurador-geral de Justiça, Antônio Hortêncio Rocha Neto, o MPPB reconhece a urgência de se posicionar de forma efetiva contra práticas discriminatórias. “Nosso papel vai além de apurar denúncias. Precisamos ser agentes transformadores, garantindo que políticas públicas e relações institucionais estejam alinhadas ao princípio da igualdade racial”, afirmou.
Medidas concretas
Entre as ações previstas está a elaboração de um diagnóstico interno sobre racismo institucional no âmbito do MPPB, além da criação de campanhas de sensibilização para servidores e promotores. A instituição também articula parcerias com organizações da sociedade civil para desenvolver projetos voltados à inclusão e combate à discriminação racial.
Educação como pilar
Outro destaque da iniciativa é a abordagem educativa. O MPPB pretende levar palestras às escolas, universidades e comunidades, abordando temas como consciência negra, história afro-brasileira e cidadania. “Educar é a principal ferramenta para desconstruir preconceitos e fortalecer o respeito à diversidade”, ressaltou o promotor Herbert Alencar, que coordena o núcleo responsável pela implementação das medidas.
Impacto na sociedade
As ações vêm em um momento de reflexões intensas sobre as desigualdades raciais no Brasil, impulsionadas pela celebração do Mês da Consciência Negra. Para lideranças do movimento negro na Paraíba, a postura do MPPB é um marco importante. “Ver uma instituição como o Ministério Público reconhecendo o racismo institucional e tomando medidas práticas é um avanço que pode inspirar outras entidades a fazerem o mesmo”, destacou a ativista Ana Maria de Souza.
A iniciativa do MPPB reforça a importância de uma atuação institucional comprometida com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, na qual o combate ao racismo não seja apenas uma pauta ocasional, mas uma prática contínua e transformadora.
Redação