MPPB instaurou inquérito civil para investigar nepotismo na prefeitura de Marizópolis

O Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio da Promotoria de Justiça de Sousa, instaurou o Inquérito Civil n.º 51/2024 para investigar denúncias de nepotismo na Prefeitura de Marizópolis. As alegações envolvem a nomeação de parentes de secretários municipais para cargos comissionados e contratações temporárias, o que supostamente viola os princípios de legalidade, moralidade e impessoalidade estabelecidos pela Constituição Federal e pela Lei de Improbidade Administrativa.

A investigação visa proteger o patrimônio público e a moralidade administrativa. O objetivo do inquérito é coletar provas que possam levar a uma Ação Civil Pública. De acordo com a Súmula Vinculante n.º 13 do Supremo Tribunal Federal, o nepotismo é considerado um ato de improbidade administrativa e pode resultar na responsabilização dos envolvidos.

Agentes Públicos Sob Investigação

O inquérito abrange diversos agentes públicos e suas relações familiares. Confira a lista:

  • Lucas Gonçalves Braga – Prefeito de Marizópolis.
  • Patrício Henrique Vasconcelos – Secretário de Educação
    • Mayara Pereira de Vasconcelos (sobrinha)
    • Maria Flávia Ferreira da Silva (esposa do sobrinho).
  • Jorgenaldo Martins de Sousa – Secretário de Esportes
    • Givaldo Martins de Sousa (irmão)
    • Alexandra Martins de Sousa (irmã).
  • Salme Pedrosa Calado – Procurador-Geral do Município
    • Messias Pedrosa Calado (irmão).
  • Iara Vitória de Abreu Moreira – Secretária de Meio Ambiente
    • Lirian Abreu Moreira Bezerra (tia).
  • John Gomes – Secretário de Pesca
    • Eckthervery da Silva Lira (cunhado).
  • Francisco Cesar Rocha – Secretário de Administração
    • Ronaldo Lucas Abrantes Rocha (sobrinho).
  • Daniel Elias Casimiro – Secretário de Desenvolvimento Econômico
    • Davi Elias Casimiro (irmão).

A promotora Flávia Cesarino de Sousa Benigno requisitou documentos e informações detalhadas sobre todos os envolvidos, incluindo portarias de nomeação e fichas financeiras. O MPPB estabeleceu um prazo de 30 dias para que o Assessor Jurídico do Município forneça as informações solicitadas, alertando que a recusa ou omissão pode resultar em crime, conforme a Lei de Ação Civil Pública.

Se as investigações confirmarem irregularidades nas contratações, o MPPB poderá mover ações civis públicas contra os responsáveis, garantindo que a administração pública de Marizópolis atenda aos princípios constitucionais e evite práticas de favorecimento familiar.

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