O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), publicou nesta terça-feira (10) uma portaria no Diário Oficial estabelecendo medidas de contingência diante do aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de origem viral. A ação tem como foco principal a proteção de crianças e idosos, grupos mais vulneráveis e com baixa cobertura vacinal contra a influenza.
Entre as determinações, estão a ampliação imediata de leitos pediátricos e o monitoramento diário das taxas de ocupação hospitalar. A SES será responsável por coordenar e garantir a execução das medidas em toda a rede estadual de saúde. O secretário de Saúde, Ari Reis, afirmou que o aumento dos casos já era previsto, e que o Estado se prepara desde abril para enfrentar o pico da circulação viral.
Segundo o secretário, mais de R$ 6 milhões já foram investidos no atendimento pediátrico, com a abertura de 100 leitos de enfermaria e 46 de UTI. Com as novas ações, a rede estadual ganhará ainda nesta semana novos leitos nos hospitais de Cajazeiras, Catolé do Rocha, Pombal, Sousa, Patos, Campina Grande e João Pessoa, com mais R$ 3 milhões em recursos destinados ao enfrentamento da crise.
De acordo com a Vigilância em Saúde, a Paraíba já registrou 2.036 casos de SRAG em 2024, sendo 137 causados por Influenza, 157 por Covid-19, 107 por Vírus Sincicial Respiratório, 175 por Rinovírus e 117 por outros agentes. O Estado também contabiliza 92 mortes com vírus identificado, sendo 49 por Covid-19, 15 por Influenza e 28 por outros vírus respiratórios. Crianças e idosos são as principais vítimas.
Para conter o avanço da doença, o governo decidiu reforçar a campanha de vacinação com a ampliação do programa Vacina Mais Paraíba. A bonificação por sala de vacinação que atingir a meta de 90% de cobertura vacinal entre os grupos prioritários subiu de R$ 500 para R$ 1.000. Atualmente, a cobertura vacinal está em apenas 35,69% entre crianças e 37,92% entre idosos — índices considerados preocupantes.
A campanha de vacinação contra a influenza foi prorrogada até 31 de julho. A SES reforça que todas as 1.330 salas de vacinação do estado estão abastecidas com doses para pessoas a partir dos seis meses de idade. Casos leves devem ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde, mas sintomas como febre alta persistente e dificuldade para respirar exigem atendimento médico imediato.
Redação D1 com SECOM/PB