Paraibano transforma devoção por Messi em rotina e vive expectativa histórica com o Inter Miami no Mundial

José Mescias, de Mari (PB), tatuou o rosto do craque, fundou uma escolinha para crianças e promete “parar o sertão” para assistir à estreia contra o Al Ahly neste sábado (14), às 21h

Se alguém no interior paraibano vai cravar o olhar na TV às 21h deste sábado (14), é José Mescias, 38 anos. Nascido e criado em Mari, a 60 km de João Pessoa, ele carrega no corpo (e no coração) uma devoção incomum a Lionel Messi. Com o craque argentino vestindo agora a camisa do Inter Miami, Mescias trata a estreia diante do Al Ahly, pelo Grupo A do Mundial de Clubes da FIFA, como um capítulo pessoal de Copa do Mundo.

“Quando se tem Messi, não pode duvidar de nada”, resume o torcedor que, se o time norte‑americano levantar a taça, já adianta: “Faço mais uma tatuagem — provavelmente dele com o uniforme rosa do Miami”.


Da paixão à rotina diária

Foi há quase vinte anos, quando o então franzino camisa 30 ainda quebrava recordes na base do Barcelona, que Mescias se viu fisgado. Desde então, partidas, gols e entrevistas viraram agenda obrigatória. O fanatismo não ficou só na sala de casa:

  • Tatuagem comemorativa — Em 24 de junho de 2024, aniversário de Messi, ele tatuou o rosto do ídolo na perna direita. “Era para ter sido antes, mas o tatuador adiou. Quando caiu justamente no dia dele, entendi como sinal”, recorda.
  • Projeto social — Fundou a Escolinha do Messias, onde 60 crianças de Mari treinam de segunda a sexta com uniformes inspirados em Barcelona, PSG, Argentina e, agora, Inter Miami. “Quero que eles sonhem grande como o Messi”, explica.
  • Coleção incomum — Guarda 26 camisas oficiais, cachecóis, pôsteres e até grama seca do Camp Nou, trazida por um amigo que visitou o estádio catalão em 2019.

“Parar tudo” no sertão

Para a estreia em Jidá, na Arábia Saudita, Mescias organizou um telão comunitário na praça central de Mari. O “evento” terá pipoca, refrigerante e distribuição de pulseiras rosa — cor do uniforme do Inter Miami.

“O Inter não é favorito, mas com Messi eu acredito em milagre”, exalta Mescias.
“Se levantar o troféu, vou tatuar aquele levantamento dele sobre Sergio Ramos, mas com a camisa rosa.”

A confiança, diz ele, vem da mesma fé que nutriu por Diego Armando Maradona na infância. “Maradona foi meu primeiro herói argentino. Messi superou tudo.”


Mundial de Clubes — Grupo A

DataConfrontoLocalObservação
14/06 – 21hAl Ahly (EGI) x Inter Miami (EUA)King Abdullah Sports City, JidáEstreia de Messi
17/06 – 18hPalmeiras (BRA) x Al Ahly (EGI)JidáBrasileiros de olho
20/06 – 18hPorto (POR) x Inter Miami (EUA)JidáÚltima rodada

Caso avance, o time de Messi cruza nas quartas‑de‑final com o vencedor de Grupo B, que reúne Manchester City, Ulsan Hyundai e Wydad Casablanca.


De Mari para o mundo: expectativa e legado

Enquanto o mundo esportivo debate se o Inter Miami tem elenco suficiente para bater gigantes como Palmeiras ou Manchester City, Mescias vê um único fator decisivo — o 10 argentino.

“Messi foi — e ainda é — o maior de todos. Se ele estiver em campo, tudo pode acontecer. A Copa do Mundo de 2022 provou isso.”

Para além dos 90 minutos contra o Al Ahly, o paraibano já prepara o próximo treino da Escolinha do Messias. “As crianças treinam dribles que Messi fazia aos 19 anos. Eles sabem que, se ele marcar, o treino de segunda‑feira vai ser festa.”

Entre tatuagens, colecionáveis e um telão improvisado em praça pública, José Mescias transformou paixão em rotina social — e, ao que tudo indica, em herança para uma nova geração de pequenos fãs no sertão. Afinal, quando Messi pisa no gramado, é impossível não parar para sonhar.

Difusora 1

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