O ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) comentou, nesta sexta-feira (25), o anúncio oficial do apoio do Partido Liberal (PL) à pré-candidatura do senador Efraim Filho (União Brasil) ao Governo da Paraíba nas eleições estaduais de 2026. A declaração de apoio foi feita durante um evento político em João Pessoa, que contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, marcando um gesto importante de alinhamento do bolsonarismo em nível estadual.
Pedro, que disputou o segundo turno das eleições para governador da Paraíba em 2022 contra João Azevêdo (PSB), defendeu a importância da unidade entre os partidos de oposição, mas reconheceu que o cenário político pode caminhar para uma fragmentação. Em entrevista à Rádio Arapuan, ele disse encarar com naturalidade o movimento do PL, mas ressaltou que outras siglas também têm legitimidade e protagonismo no debate sucessório estadual.
“É importante a gente intensificar essa construção coletiva. Além do PL, existe também um MDB, existe também um PSD, existe também um Podemos, outras legendas que fazem parte desse campo. Cada uma tem seu tempo e sua forma de se posicionar. O ideal é que a gente caminhe junto, mas se não for possível, é da democracia”, afirmou Pedro.
O ex-parlamentar ainda reiterou sua postura de independência política em relação às principais lideranças nacionais. Segundo ele, sua atuação não se vincula diretamente nem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), reforçando um discurso de autonomia dentro do campo oposicionista. “Eu não me sinto representado nem por Lula, nem por Bolsonaro. Eu acredito num projeto que tenha compromisso com as pessoas, com a educação, com o futuro do nosso estado”, frisou.
Pedro também não descartou a possibilidade de que a oposição estadual vá dividida para o primeiro turno da eleição de 2026. Para ele, mais de uma candidatura dentro do bloco opositor não necessariamente enfraquece o campo, desde que haja maturidade política. “Se tiver mais de uma candidatura no campo das oposições no primeiro turno, também está tudo certo. O importante é manter o respeito e o foco em oferecer uma alternativa ao que está aí”, finalizou.
Redação D1