O prefeito reeleito de Santa Quitéria, José Braga Barrozo (PSB), conhecido como Braguinha, foi preso pela Polícia Federal e pela Polícia Civil do Ceará na tarde da última quarta-feira (1º), momentos antes de tomar posse para seu segundo mandato. A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), sob a acusação de envolvimento com uma facção criminosa de origem carioca que teria atuado em benefício de sua candidatura nas eleições municipais de 2024.
A operação policial foi realizada enquanto os vereadores da Câmara Municipal de Santa Quitéria estavam reunidos para eleger a nova Mesa Diretora, que seria responsável por dar posse ao prefeito reeleito. Com a prisão de Braguinha, o cenário político da cidade mudou rapidamente. Por uma votação apertada de 7 a 6, foi eleita a chapa presidida pelo vereador Joel Barroso, filho de Braguinha, para comandar a Mesa Diretora.
Na sequência, Joel Barroso, como presidente da Câmara, assumiu interinamente o cargo de prefeito de Santa Quitéria. A decisão gerou repercussão imediata na cidade, com críticas e apoio divididos entre a população e lideranças políticas locais.
A investigação que levou à prisão de Braguinha aponta para um suposto esquema de colaboração com uma facção criminosa que teria fornecido apoio logístico e recursos para sua campanha. A Polícia Federal informou que o caso envolve suspeitas de compra de votos, coação de eleitores e financiamento irregular, com indícios de que a organização criminosa tinha interesse direto na vitória do prefeito reeleito.
Até o momento, a defesa de José Braga Barrozo não se manifestou sobre a prisão. Ele permanece detido e deve ser ouvido nos próximos dias pelas autoridades competentes.
A posse do novo prefeito interino e a prisão de Braguinha marcam um início turbulento do ano político em Santa Quitéria, levantando dúvidas sobre o futuro da administração municipal e o impacto das investigações em curso.
Redação D1