O professor e pesquisador Lúcio Vilar, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), lançou neste sábado (14), no Recife, o livro “LUZ, CINEFILIA… CRÍTICA! – Arqueologia e Memória do Crítico Linduarte Noronha”, obra que resgata a contribuição do cineasta paraibano-pernambucano Linduarte Noronha como crítico de cinema, antes de sua consagração com o clássico documentário Aruanda (1960). O lançamento fez parte da programação oficial do 29º Cine PE – Festival do Audiovisual de Pernambuco e contou com a presença de personalidades de peso da cultura brasileira.
O evento foi prestigiado por nomes importantes do cinema nacional, como os diretores Walter Carvalho, Rosemberg Cariry e Beto Brant, e críticos e jornalistas como Miguel Barbieri, Luiz Carlos Merten e Clarissa Kushnir. Também marcaram presença dois expoentes do pensamento brasileiro: o economista e ex-senador Cristovam Buarque, e o filósofo e acadêmico Eduardo Giannetti, da Academia Brasileira de Letras (ABL), que participaram da mesa de lançamento ao lado de Vilar.
Com selo da Editora A União, a obra organizada por Lúcio Vilar reúne textos e documentos históricos da atuação de Linduarte Noronha como crítico do centenário jornal A União nas décadas de 1950 e 1960. Segundo Vilar, o livro é uma tentativa de “recolocar em cena um legado crítico e cultural muitas vezes esquecido”, destacando a importância de Linduarte antes mesmo de sua projeção como cineasta.
“Esse livro reitera o legado esquecido do crítico de cinema Linduarte Noronha, antes de se tornar conhecido como cineasta, e precisa por isso mesmo de fóruns como esse dos festivais, universidades e espaços culturais”, afirmou Vilar durante o lançamento.
O professor aproveitou a ocasião para anunciar as próximas paradas da obra: em julho, o lançamento ocorrerá na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a convite da instituição, considerada um dos mais importantes centros de memória do audiovisual no país; e em agosto, o livro será levado ao Festival Guarnicê de Cinema, em São Luís (MA).
Vilar agradeceu ainda o apoio da jornalista Naná Garcez, diretora da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), que acolheu a proposta editorial desde o início, além do convite do economista Alfredo Bertini, diretor do Cine PE.
A publicação representa uma contribuição relevante à memória do cinema brasileiro, não apenas ao resgatar o pensamento crítico de Linduarte Noronha, mas também ao reposicioná-lo como figura central na formação de uma cinefilia nordestina e nacional nas décadas de transformação cultural do país.
D1 com Cultura CZ