Os consumidores de água mineral já estão enfrentando reajustes nos preços dos galões, mesmo antes da entrada em vigor do aumento na alíquota do ICMS, previsto para janeiro de 2025. Revendedores justificam a medida como forma de antecipar os impactos do imposto estadual, que deve pressionar ainda mais os custos no início do próximo ano.
O setor aponta que o repasse dos custos ao consumidor é inevitável devido à cadeia de produção e logística. “Estamos nos preparando para o impacto. O aumento do ICMS eleva diretamente nossos custos, e se não reajustarmos agora, corremos o risco de prejuízo”, explica João Silva, revendedor em João Pessoa.
Com os aumentos antecipados, o preço do galão de 20 litros, essencial para muitas famílias, já sofreu elevação média de 10% em alguns pontos de venda. Consumidores, como Maria José, moradora de Campina Grande, reclamam: “O valor já está alto e ainda vai subir mais. Para quem depende disso todo mês, fica complicado.”
Especialistas orientam os consumidores a buscarem promoções ou negociações diretas com fornecedores locais para mitigar o impacto. Além disso, a adoção de medidas como o uso consciente da água pode ser uma alternativa para reduzir a dependência de reabastecimentos frequentes.
O governo estadual, por sua vez, justifica a necessidade do reajuste como parte de um pacote fiscal para equilibrar as contas públicas, mas afirma estar monitorando o impacto social da medida.
Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Marialvo Laureano, o ICMS da água mineral está congelado desde 2022, sem nenhuma atualização nesse período. “Recentemente publicamos nova pauta com vigência a partir de 01/12/2024. Contudo, atendendo o pleito do segmento, foi publicada hoje uma prorrogação da vigência para 01/01/2025 para que possa haver a adaptação do sistema das empresas, uma vez que a portaria nova mudou a sistemática de definição da pauta para se utilizar a base de cálculo (valor de venda a consumidor final)”, explicou Marialvo.
O aumento oficial do ICMS entra em vigor em 1º de janeiro de 2025, e a expectativa é de que os preços continuem em alta, refletindo não só o imposto, mas também outros custos que tradicionalmente pressionam o setor no início do ano.
Redação
