Sabatina de Messias é suspensa e expõe desgaste entre governo e Senado

Davi Alcolumbre (União-AP) recuou da data anunciada para a sabatina de Jorge Messias após não conseguir apoio para avançar sem o envio dos documentos oficiais pelo governo. O cancelamento devolveu o processo ao início: Lula ainda precisa enviar a mensagem formal, e Alcolumbre poderá remarcar a sabatina quando quiser, sem a pressão do calendário. Nos bastidores, ele chegou a brincar que faria o ato apenas em novembro do próximo ano, embora aliados considerem improvável tamanha demora.

A decisão veio após Alcolumbre desistir de alternativas irregulares, como notificar Messias para apresentar documentos ou tocar o processo apenas com a publicação no Diário Oficial, propostas rejeitadas por senadores governistas, oposicionistas e aliados externos. A resistência ao indicado abriu espaço para que o Senado cobrasse uma repactuação com o governo, criticando a articulação política e a pouca atuação da bancada do PT. Lula ouviu reclamações, negou que Alcolumbre esteja pressionando por cargos e entendeu que precisa acertar diretamente com o presidente do Senado antes de formalizar a indicação.

Mesmo com o clima menos tenso após o adiamento, aliados afirmam que Alcolumbre segue irritado com a condução do processo e fala em quebra de confiança com o Planalto, apesar de o Senado ter sido um dos principais apoios do governo no mandato atual.

Difusora1 com informações do Jornal de Brasília

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