Triunfo enfrenta crise financeira com bloqueio de R$ 700 mil no FPM; prefeito denuncia “herança maldita” de gestões passadas

O município de Triunfo, no Sertão da Paraíba, enfrenta uma grave crise financeira após mais um bloqueio de R$ 700 mil no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ocorrido neste mês de julho. O valor foi retido para o pagamento de precatórios acumulados por gestões anteriores, comprometendo diretamente a saúde financeira da administração atual e inviabilizando o pagamento de servidores, além de impactar serviços essenciais nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e assistência social.

O prefeito Espedito Filho classificou a situação como extremamente difícil e lamentou os sucessivos bloqueios que têm ocorrido nos últimos meses. Segundo ele, essa é a terceira vez consecutiva que os recursos do FPM são retidos, com bloqueios já registrados em maio, junho e agora em julho. “Estava com tudo pronto para pagar o servidor hoje, dia 30, mas fomos surpreendidos com mais um bloqueio. Uma verdadeira herança maldita”, desabafou o gestor.

Apesar do cenário adverso, Espedito informou que está buscando soluções para amenizar os efeitos da crise. Uma das medidas adotadas foi garantir o pagamento dos servidores efetivos da saúde com recursos próprios da Secretaria Municipal de Saúde. “Estamos nos desdobrando para manter os compromissos em dia. Vou pagar os efetivos da saúde com recursos da própria pasta”, assegurou.

O prefeito também fez um apelo à compreensão da população e dos servidores, pedindo paciência diante das dificuldades enfrentadas. Ele destacou que sua equipe tem mantido o compromisso com a responsabilidade fiscal e cobrou uma revisão urgente no sistema de cobrança de precatórios. Para Espedito, é injusto que a atual administração seja penalizada por dívidas deixadas por ex-gestores, especialmente com bloqueios automáticos que desestabilizam todo o planejamento da gestão.

“Não é fácil administrar dessa forma. A gente organiza as finanças, mas é surpreendido com bloqueios dessa magnitude. Quem mais sofre com isso é a população”, lamentou o prefeito.

Paralelamente, o gestor tem buscado alternativas administrativas e jurídicas para reduzir os impactos da dívida herdada e garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais. Mesmo diante da adversidade, ele reafirmou o compromisso com a recuperação das finanças municipais e com a reconstrução da confiança da população na gestão pública.

Redação D1

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