O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (28) que espera pelo fim da guerra entre Rússia e Ucrânia, que está perto de completar quatro anos. Trump se reúne com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Flórida, nos EUA, para discutir um plano de paz.
Antes da reunião, Trump respondeu a perguntas de jornalistas e disse que não há um prazo para garantir um acordo de paz que coloque fim ao conflito e que Zelensky e Putin “desejam chegar a um acordo”. O presidente americano afirmou que “haverá um acordo de segurança e será um acordo sólido.” Por volta das 13h45 (no horário de Brasília), Trump informou que teve uma “conversa muito produtiva por telefone com o presidente Putin”.
Zelensky disse que 90% do plano de paz de 20 pontos, elaborado pela Ucrânia e pelos EUA, estava concluído, mas há dois pontos de atrito: o futuro da região do Donbas e da usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia.
Dmitriev: Putin aceitou proposta de Trump
O presidente russo, Vladimir Putin, aceitou a proposta do presidente americano, Donald Trump, de seguir finalizando um acordo de paz em relação à Ucrânia, mediante grupos de trabalho conjuntos. É o que informou o assessor de política externa de Putin, Kirill Dmitriev, em publicação no X na tarde deste domingo (28) em que confirma a ligação telefônica entre os presidentes da Rússia e dos EUA, conforme já havia verbalizado Trump na rede Truth Social.
“Os belicistas estão em pânico total após ligação entre Putin e Trump”, acrescentou Kirill. Segundo informações da imprensa russa, o telefonema entre Trump e Putin durou uma hora e 15 minutos, e os presidentes também concordaram em criar dois grupos de trabalho para a paz, um focado em questões de segurança, e o outro, em aspectos econômicos.
Apoio de líderes mundiais
Em uma reunião com o primeiro-ministro canadense Mark Carney em Halifax, Nova Escócia, no sábado (27), Zelensky disse que a chave para a paz é “pressão sobre a Rússia e apoio forte e suficiente à Ucrânia”. Para esse fim, Carney anunciou mais US$ 1,8 bilhão, cerca de R$ 9,9 bilhões, em assistência econômica de seu governo para ajudar a Ucrânia a reconstruir.
Denunciando a “barbárie” dos últimos ataques da Rússia a Kiev, Carney deu crédito a Zelensky e Trump por criarem as condições para uma “paz justa e duradoura” em um momento crucial.
Durante as recentes negociações, os EUA concordaram em oferecer certas garantias de segurança à Ucrânia semelhantes às oferecidas a outros membros da Otan. A proposta surgiu quando Zelensky afirmou estar disposto a desistir da candidatura do seu país à aliança de segurança se a Ucrânia recebesse proteção semelhante à da Otan, destinada a salvaguardá-la contra futuros ataques russos.
Foto: Jonathan Ernst/Reuters
D1 com R7