O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta quarta-feira (8) que permanecerá no cargo, mesmo após o União Brasil decidir abrir processo de expulsão contra ele por não ter deixado o governo federal dentro do prazo determinado pelo partido. A legenda, que passou oficialmente à oposição, alega que Sabino descumpriu a orientação da cúpula nacional e iniciou os trâmites para sua retirada do diretório estadual do Pará e da sigla.
De acordo com o relator do caso, deputado Fábio Shiochet, a decisão será debatida pela Comissão Executiva Nacional do União Brasil, convocada pelo presidente Antônio de Rueda, em reunião presencial na sede do partido, em Brasília. Na pauta, estão a análise da intervenção no diretório do Pará e o pedido de expulsão e cancelamento da filiação partidária de Sabino.
Apesar da pressão, o ministro afirmou que continuará no governo “pelo bem do turismo e do povo do Pará, especialmente diante da realização da COP30”. Ele destacou ter a confiança do presidente Lula e o apoio de parte da bancada do partido. Sabino também disse que pretende permanecer no cargo até abril de 2026, prazo de desincompatibilização fixado pelo TSE para quem pretende disputar as eleições, já que planeja concorrer ao Senado com apoio do presidente.
O movimento do União Brasil reforça a estratégia da legenda de afastar seus filiados que mantêm cargos no governo federal, consolidando sua posição como partido de oposição ao Palácio do Planalto.
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Redação D1