Dois episódios recentes mostram ataques contra práticas de matriz africana em São Paulo. No Caxingui, zona oeste, o pai de uma aluna de 4 anos chamou a Polícia Militar após a filha fazer um desenho da orixá Iansã em atividade escolar antirracista. Ele já havia rasgado um mural da escola e alegou que a filha era obrigada a ter “aula de religião africana”, gerando abordagem considerada hostil por testemunhas. O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (12/11).
Em Praia Grande, um padre invadiu uma cerimônia de matriz africana no Cemitério Morada da Grande Planície, durante o Dia de Finados, ofendendo o líder religioso Leandro Oliveira Rocha e agredindo sua esposa, que tentava gravar a situação. Leandro registrou boletim de ocorrência relatando os insultos, incluindo “macaco nojento”.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo classificou o caso como “ultraje a culto” e “injúria por raça, cor ou etnia”. Diligências estão em andamento, e o padre não foi localizado para comentar o episódio.
Difusora1 com informações do G1


