Primeiro pontífice latino-americano, Francisco faleceu aos 88 anos e deixa legado de inclusão, diálogo inter-religioso e atenção aos mais vulneráveis
O Vaticano confirmou na madrugada desta segunda-feira (2h35 no horário de Brasília, 7h35 no horário local) a morte de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, aos 88 anos. O pontífice, que liderou a Igreja Católica por 12 anos, foi internado recentemente por um quadro grave de pneumonia bilateral, após enfrentar uma infecção polimicrobiana e uma crise de bronquite. Sua saúde já vinha se deteriorando desde fevereiro, quando foi hospitalizado pela primeira vez.
Nascido em Buenos Aires, na Argentina, em 1936, Francisco foi o primeiro papa latino-americano, o primeiro jesuíta e o primeiro da era moderna a assumir o papado após a renúncia de seu antecessor. Ele foi eleito em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave que sucedeu a renúncia de Bento XVI. Desde então, conduziu uma liderança marcada por simplicidade, empatia e firme compromisso com os valores do Evangelho.
Durante seu pontificado, Francisco promoveu reformas importantes na Cúria Romana, defendeu o acolhimento de minorias e intensificou o diálogo com outras religiões. Seu estilo pastoral era voltado especialmente aos pobres e marginalizados, com gestos frequentes de humildade que conquistaram fiéis ao redor do mundo. Mesmo em seus últimos dias, debilitado, continuou ativo em compromissos religiosos, demonstrando dedicação incansável à missão que assumiu.
A morte de Francisco representa um momento histórico não apenas para a Igreja Católica, mas para a sociedade global. Seu legado de tolerância, justiça social e renovação interna da Igreja deixa um exemplo poderoso de liderança compassiva. Em tempos de polarização e desigualdade, sua trajetória reforça a importância do diálogo, da empatia e da coragem para promover mudanças significativas em instituições milenares.
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