A maior parte dos empréstimos feitos por meio do Crédito do Trabalhador foi contratada por pessoas com renda de até quatro salários mínimos.
De acordo com um levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 62,61% das operações foram realizadas por esse público entre os dias 21 de março e 9 de junho.
Nesse período, os trabalhadores dessa faixa salarial acessaram cerca de R$ 7 bilhões em crédito, de um total de R$ 14,6 bilhões liberados.
Até as 17h de segunda-feira (16/6), o programa já havia atingido R$ 15,9 bilhões em contratações, beneficiando mais de 2,6 milhões de trabalhadores em todo o país.
Os dados também mostram que trabalhadores com renda entre quatro e oito salários mínimos são 18,82% do valor total contratado, que corresponde a R$ 3 bilhões.
VÍNCULO EMPREGATÍCIO — Os dados indicam que as instituições financeiras têm priorizado a concessão do Crédito do Trabalhador para pessoas com mais tempo de vínculo empregatício. Entre os trabalhadores que recebem de um a dois salários mínimos, o tempo médio de empresa é de 119 meses, equivalente a quase dez anos.
Para quem recebe de dois a quatro salários mínimos, a média sobe para 155 meses, cerca de 13 anos. Já a média dos trabalhadores com remuneração acima de oito salários mínimos é de 192 meses de vínculo, correspondente a 16 anos.
FAIXA SALARIAL — O valor médio contratado também varia de acordo com a faixa salarial. Quem ganha até dois salários mínimos contratou, em média, R$ 3.391,60 em empréstimos. Entre os que recebem mais de oito salários, o valor médio foi de R$ 9.079,23.
“Esse programa é inclusivo, estamos contemplando pessoas que não tinham acesso a um crédito com juros baixos, como é o caso de trabalhadores domésticos. O antigo consignado era ao contrário: quem mais tinha oportunidade de fazer um empréstimo era o trabalhador que ganhava mais de 8 salários mínimos”, ressaltou o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
ESTADOS — Os dez estados com maior volume de contratações do Crédito do Trabalhador já somam mais de R$ 12 bilhões. O Distrito Federal é a unidade da federação com a maior média de valor contratado por trabalhador: R$ 7.716,02. No país inteiro, a média nacional do programa é de R$ 5.958,78 por trabalhador.
São Paulo: R$ 4,5 bilhões
Rio de Janeiro: R$ 1,3 bilhão
Minas Gerais: R$ 1,3 bilhão
Paraná: R$ 1 bilhão
Rio Grande do Sul: R$ 1 bilhão
Bahia: R$ 710 milhões
Santa Catarina: R$ 699 milhões
Goiás: R$ 557 milhões
Pará: R$ 551 milhões
Ceará: R$ 473 milhões
JUROS EM QUEDA — A taxa média de juros do Crédito do Trabalhador continua em queda e atingiu 3,47% ao mês. Apesar da redução, o MTE segue trabalhando para reduzir ainda mais esse índice e evitar a cobrança de juros considerados abusivos pelas instituições financeiras.
Operações do Crédito do Trabalhador por renda
Faixa Salarial | Trabalhadores Beneficiados | Média de Parcela | Média do Valor Contratado | Tempo de Vínculo | Valor Contratado |
1 a 2 SM | 751.502 | R$ 224,85 | R$ 3.391,60 | 119 | R$ 2,6 bi |
2 a 4 SM | 826.373 | R$ 294,72 | R$ 5.139,46 | 155 | R$ 2,4 bi |
4 a 8 SM | 480.431 | R$ 337,31 | R$ 6.219,54 | 168 | R$ 3 bi |
+ de 8 SM | 472.678 | R$ 472,67 | R$ 9.079,23 | 192 | R$ 4,4 bi |
Foto: MTE
D1 com SECOM/PB