Jovem de 19 anos é preso em flagrante após matar o próprio pai com golpes de tijolo em aldeia indígena na Paraíba

Um crime brutal chocou os moradores da aldeia indígena São Francisco, localizada no município de Baía da Traição, no Litoral Norte da Paraíba, na tarde deste domingo (29). Um jovem de 19 anos foi preso em flagrante suspeito de ter matado o próprio pai, de 45 anos, utilizando um tijolo como arma.

Segundo as primeiras informações repassadas pela Polícia Militar, o homicídio ocorreu após uma discussão entre pai e filho, motivada por um pedido de dinheiro feito pelo jovem. Conforme relato de testemunhas, o filho teria solicitado uma quantia em dinheiro ao pai para adquirir entorpecentes. Diante da negativa do pai, o rapaz se exaltou e iniciou uma discussão, que acabou se transformando em agressão física.

Ainda de acordo com as autoridades, o jovem teria se apossado de um tijolo e desferido diversos golpes contra a cabeça do pai, que não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Vizinhos e familiares, ao ouvirem os gritos e perceberem a gravidade da situação, acionaram a polícia imediatamente.

O suspeito foi detido em flagrante pela Polícia Militar dentro da própria aldeia e conduzido à Delegacia de Polícia Civil da região, onde prestou depoimento. Ele responderá pelo crime de homicídio qualificado, com agravante de parricídio — quando o autor do assassinato é parente direto da vítima, como pai, mãe ou avós.

A Polícia Civil da Paraíba informou que está colhendo depoimentos de testemunhas e familiares para esclarecer todos os detalhes do crime. A aldeia indígena São Francisco, onde vivia a família, é uma das várias comunidades Potiguaras existentes na região de Baía da Traição.

O corpo da vítima foi recolhido pela equipe do Instituto de Polícia Científica (IPC) e encaminhado para o Núcleo de Medicina Legal (Numol) de João Pessoa, onde passará por exame cadavérico.

O crime gerou comoção entre os moradores da aldeia e chamou a atenção das autoridades para a crescente vulnerabilidade social enfrentada por comunidades tradicionais, muitas vezes agravada pelo uso de drogas e a falta de assistência psicológica e social.

A Prefeitura de Baía da Traição e lideranças indígenas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, mas a expectativa é de que o crime gere reflexões sobre a necessidade de reforço nas políticas públicas de prevenção à violência e de apoio às populações indígenas.

Redação D1

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