O Nordeste registra a maior presença feminina entre os empregados de companhias de capital aberto no Brasil. Segundo o estudo “Diversidade de Gênero e Raça de Administradores e Empregados das Empresas de Capital Aberto”, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), 38,6% dos funcionários dessas empresas na região são mulheres, índice superior ao do Sudeste e do Sul, ambos com 38,4%.
Apesar do desempenho regional, os dados revelam que a participação das mulheres em cargos de liderança permanece limitada. No Brasil, apenas 16% das mais de 6 mil posições de direção, conselho e fiscalização analisadas são ocupadas por mulheres, avanço de 0,3 ponto percentual em relação a 2023. Nos conselhos de administração, elas ocupam 21% das vagas; nas diretorias, 23,6%; e nos conselhos fiscais, 25,3%. Já a presença em presidências de conselho é de apenas 1,9%.
Entre os setores, saneamento e serviços de água e gás apresentam maior inclusão feminina em cargos de administração (19%), seguidos por bancos (18,4%). Em contrapartida, a construção civil e o segmento de materiais de construção e decoração registram apenas 11,3%.
O levantamento também indica diferenças etárias e raciais. Mulheres em cargos de liderança têm, em média, 52 anos, cinco a menos que os homens. Já no recorte racial, 82,6% dos cargos de liderança são ocupados por pessoas brancas, enquanto pardos representam 3,4%, amarelos 1,1% e pretos apenas 0,5%.
No quadro geral de empregados, a participação de negros é maior — 33% pardos e 10% pretos —, mas essa representatividade cai de forma expressiva nos postos de decisão.
D1 com Paraiba Business