O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para que o ex-presidente se encontre com o presidente do PL, Valdemar Costa Netto. Moraes ressaltou que, além da prisão domiciliar, Bolsonaro cumpre outras restrições impostas pela Justiça como a proibição de manter contato com outros investigados.
Nesta terça-feira (22), a Primeira Turma do Supremo decidiu reabrir a investigação contra Valdemar por suposta participação na trama golpista.
A decisão foi tomada a pedido de Moraes. Segundo o ministro a medida é necessária porque o presidente do IVL, Carlos Rocha, foi condenado por tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa. Isso porque o presidente do IVL acabou atuando para fornecer ao PL dados sabidamente falsos sobre as urnas. O material foi usado pelo PL para poder questionar no TSE o resultado do segundo turno das eleições de 2022.
A apuração sobre Valdemar vai analisar se há conexão entre os atos de Rocha e o presidente do PL para tentar provocar uma ruptura institucional.
A Polícia Federal (PF) indiciou Valdemar na trama golpista, mas ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PF apontou que Valdemar tinha apoiado e financiado questionamentos à integridade das urnas eletrônicas e teve um papel central na propagação de dúvidas sobre o sistema eleitoral.
O caso envolve a multa que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou ao PL por pedir, sem provas, a verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições de 2022.
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