O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 14 de novembro o início do julgamento da denúncia contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta atuação em favor das sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o parlamentar em setembro por coação no curso do processo, alegando que ele teria agido para embaraçar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses por chefiar uma tentativa de golpe de Estado.
O julgamento ocorrerá no plenário virtual da Primeira Turma do STF, e os ministros têm até as 23h59 do dia 25 para registrar seus votos. Segundo a PGR, Eduardo Bolsonaro e o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Batista Figueiredo, teriam tentado pressionar o STF durante o julgamento dos envolvidos no golpe, realizando gestões junto ao governo do presidente Donald Trump para prejudicar as relações entre Brasil e EUA e pressionar o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, enquadrado por Washington na Lei Magnitsky.
Em seu parecer, a PGR ressalta que “Ambos os acusados, repetidas vezes, conforme visto, apresentaram-se como capazes de obter sanções no exterior — que obtiveram de fato —, de extrema gravidade nas suas consequências, tanto para a economia nacional como para os julgadores do caso em que Jair Bolsonaro, juntamente com Paulo Figueiredo e outros, aparece como responsável por crimes contra o Estado Democrático de Direito”.
D1 com informações do Resenha Polítika