Lula destaca “pilar social” e jornada equilibrada no G20

Na reunião de cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a necessidade de incluir um “pilar social” nas discussões econômicas globais. O mandatário brasileiro defendeu que o crescimento sustentável deve estar aliado à redução das desigualdades, propondo uma abordagem mais humana nas políticas laborais, como a garantia de jornadas de trabalho equilibradas.

“A economia não pode ser desassociada das necessidades reais das pessoas. Precisamos promover um modelo de desenvolvimento que priorize o bem-estar e a dignidade dos trabalhadores”, afirmou Lula em seu discurso.

O presidente reiterou que os países do G20 têm a responsabilidade de liderar mudanças que contemplem uma distribuição mais justa de riqueza, especialmente em um cenário global ainda marcado pelas consequências da pandemia e pela crise climática. Ele citou exemplos de políticas brasileiras voltadas para a inclusão social, como o Bolsa Família, ressaltando que esse tipo de programa pode servir de inspiração para outros países.

Flexibilidade na jornada de trabalho

Entre as propostas defendidas por Lula, destacou-se a adoção de jornadas de trabalho mais flexíveis e equilibradas. Segundo o presidente, essas medidas são fundamentais para combater o esgotamento mental e físico causado pela sobrecarga de trabalho. Ele reforçou que avanços tecnológicos e mudanças na dinâmica do mercado demandam maior atenção ao impacto do trabalho na qualidade de vida das pessoas.

Apoio à transição justa e combate à desigualdade

Lula também defendeu investimentos em uma transição energética justa, que não prejudique os trabalhadores das indústrias tradicionais. Ele destacou que a transição ecológica deve ser acompanhada de medidas que protejam empregos e garantam formação profissional.

O discurso do presidente foi elogiado por representantes de países emergentes, que veem nas ideias de Lula uma oportunidade de alavancar o crescimento econômico com inclusão social. No entanto, as propostas enfrentam resistência de economias mais conservadoras, que consideram arriscado alterar os paradigmas laborais tradicionais.

Com o Brasil se preparando para assumir a presidência rotativa do G20, a defesa de um “pilar social” e de políticas voltadas para o equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida pode ganhar ainda mais protagonismo nos debates globais.

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