O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), desembarca no Brasil nesta terça-feira (17), após viver momentos de tensão no Oriente Médio durante a recente escalada do conflito entre Israel e Irã. A viagem, que tinha fins institucionais, transformou-se em um episódio dramático com repercussão nacional, envolvendo operações diplomáticas de resgate e segurança.
Cícero integrava uma comitiva brasileira de prefeitos que estava em Tel Aviv, Israel, participando de um evento internacional sobre tecnologia e segurança pública. O cenário mudou radicalmente na noite da última quinta-feira (13), quando o Irã lançou ataques aéreos contra Israel, levando o governo israelense a fechar o espaço aéreo e interromper todas as operações civis.
Diante da ameaça, o prefeito pessoense, acompanhado de outros sete gestores municipais brasileiros, precisou se abrigar em uma área segura da capital israelense, onde permaneceram confinados por vários dias enquanto o governo brasileiro articulava, junto a países do Oriente Médio, uma estratégia para retirada do grupo em segurança.
Entre os esforços de repatriação, o prefeito contou com o apoio direto do filho, o deputado federal Mersinho Lucena (PP), que viajou à região para acompanhar de perto a logística e dar suporte pessoal ao resgate do pai. O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, também integrante da comitiva, publicou uma foto ao lado de Cícero e Mersinho na saída da Arábia Saudita, agradecendo o apoio internacional.
“Saindo da Arábia Saudita (09:30). Obrigado ao governo brasileiro, de Israel, Jordânia, Arábia Saudita e a todos pelas manifestações de carinho”, escreveu Damião em suas redes sociais.
A operação de evacuação dos prefeitos foi conduzida via terrestre, com escolta militar de Israel até a Jordânia, onde o grupo embarcou em voos comerciais organizados com apoio da diplomacia brasileira. O trajeto incluiu passagem por territórios hostis e áreas de risco, exigindo coordenação entre governos estrangeiros e o Itamaraty.
Cícero Lucena deve chegar ao Brasil nas próximas horas, e sua assessoria informou que ele se encontra bem, apesar do desgaste emocional provocado pela situação. O retorno marca o fim de um episódio que colocou gestores públicos brasileiros no centro de um dos mais tensos momentos recentes no Oriente Médio.
Redação D1