Audiência na Assembleia Legislativa debate situação de Engenheiro Avidos e São Gonçalo

A Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Paraíba realizou, na terça-feira (18), uma audiência pública para apresentar o Relatório de Gestão dos Recursos Hídricos da Aesa. Presidindo o encontro, o deputado Júnior Araújo ressaltou a importância do monitoramento das bacias e mananciais do estado e alertou para a gravidade da crise hídrica no semiárido. “Enfrentamos grandes desafios relacionados à água, com índices pluviométricos que se assemelham aos de desertos em muitas áreas do estado”, afirmou.

O presidente da Aesa, Porfírio Loureiro, detalhou ao repórter Sales Fernandes, as ações da agência, os avanços no setor e destacou os 20 anos de atuação do órgão, além de mencionar o Atlas Climatológico e a parceria com a UFCG para o ProfEAgua. Ele explicou que “essa água que está saindo do reservatório não é água da transposição”, mas sim volume alocado para usos específicos, como o Perímetro Irrigado de São Gonçalo. Loureiro informou que a Aesa está negociando com a ANA e o MDR para manter no reservatório os 27 milhões de metros cúbicos previstos no PGA 2025, evitar maior deplecionamento e garantir disponibilidade para usuários a montante, além de destacar nova flexibilidade conquistada para o PGA 2026, que permitirá remanejamento entre os eixos Leste e Norte da transposição conforme o período chuvoso.

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Júnior Araújo reforçou a preocupação com o nível do açude de Boqueirão, essencial para abastecer municípios como Cajazeiras, e mencionou reuniões com a ANA e a própria Aesa para buscar soluções. Ele afirmou que há expectativa de avanços em Brasília e destacou a necessidade de cumprir critérios e regulações para viabilizar recargas hídricas. O parlamentar disse ter dialogado com lideranças locais e comunidades ribeirinhas e concluiu que todos seguem trabalhando para garantir que a recarga de água chegue ao açude, observando que “hoje nós temos a integração de bacias através das águas do São Francisco, o que nos dá, de certa forma, uma segurança se porventura vinha a necessitar dessa recarga d’água”.

Difusora1 com informações do repórter Sales Fernandes e ALPB

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