Azul encerra voos diretos entre Juazeiro do Norte e as capitais Fortaleza e Recife a partir de março

A Azul Linhas Aéreas anunciou o fim dos voos diretos entre Juazeiro do Norte e as capitais Fortaleza e Recife, com o último dia de operação previsto para 9 de março de 2025. A decisão marca o encerramento de 18 anos de operações ininterruptas para Recife e interrompe uma trajetória de sete anos de ligações diretas com Fortaleza, gerando impacto significativo na mobilidade da região do Cariri.

Fim das operações regionais no Ceará

Além do cancelamento das rotas, a Azul também encerrará as atividades da Azul Conecta no estado, reduzindo ainda mais as opções de conectividade aérea regional no Ceará. A medida afeta diretamente o turismo, o comércio e o cotidiano de milhares de passageiros, isolando Juazeiro do Norte de dois dos principais destinos do Nordeste e do importante hub da Azul em Recife.

Justificativa da Azul

A companhia aérea atribui a decisão a dificuldades financeiras e à falta de aeronaves do modelo ATR-72, amplamente utilizadas em rotas regionais. Essa situação reflete uma crise mais ampla na aviação regional, que enfrenta desafios crescentes nos últimos anos.

Impacto para o Cariri

Para a região do Cariri, o encerramento das operações é um retrocesso significativo. Juazeiro do Norte, um importante polo econômico e cultural, já sofria com a limitada conectividade aérea. Com a perda das rotas diretas para Fortaleza e Recife, as viagens se tornam mais caras e demoradas, prejudicando o acesso a serviços, oportunidades e mercados nas capitais.

“Essa decisão isola ainda mais nossa região, dificultando o deslocamento e trazendo prejuízos para o turismo e o comércio”, comentou um empresário local, lamentando a ausência de alternativas práticas para os voos cancelados.

O que resta

Após março, a única rota disponível de Juazeiro do Norte será para Campinas, que conecta a cidade ao principal hub aéreo da Azul e de outras grandes companhias, como Gol e Latam. Embora seja uma ligação importante, ela não compensa a praticidade e a proximidade oferecidas pelas rotas diretas para Recife e Fortaleza.

A decisão da Azul deixa um vazio no transporte aéreo regional, reforçando a necessidade de políticas públicas que incentivem a conectividade e o desenvolvimento da aviação regional no Brasil.

Redação D1

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