O desenrolar de mais uma ação decorrente das investigações referentes a Operação Calvário trouxe mais surpresas a partir da confirmação de que três magistradas não poderão julgar um processos que tem como réus o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), a ex-prefeita de Conde Márcia Lucena (PT) e mais quatro pessoas.
O fato se dá porque a juízas Daniere Ferreira de Souza, Higyna Josita Simões de Almeida e Lessandra Nara Torres Silva, da Comarca do Conde, alegaram razões de foro íntimo e averbaram suspeição no processo com a consequente impossibilidade de julgarem a ação.
De acordo com as informações publicada no blog do Helder Moura, o processo é resultado de denúncia do Gaeco (Ministério Público) de supostas irregularidades na aplicação de recursos públicos na cidade, durante gestão de Márcia Lucena.
Denúncia – Segundo o Gaeco, os envolvidos teriam montado um esquema de contratação de organizações sociais para terceirizar unidades de saúde no Conde, nos mesmos moldes que, antes, já celebraram o então governador Ricardo Coutinho com a Cruz Vermelha gaúcha na terceirização do Hospital de Trauma.
Consta no processo que a ex-secretária Livânia Farias teria procurado Daniel Gomes da Silva para incluir nos custos da terceirização da unidade de saúde quantia de R$ 40 mil mensais, dinheiro que seria distribuído entre agentes políticos, além propor um adiantamento de R$ 100 mil para selar a operação.
Réus – São réus, além de Ricardo Coutinho e Márcia Lucena, José do Nascimento Lira Neto, Daniel Gomes da Silva (lobista que desencadeou a Operação Calvário), a ex-secretária Livânia Farias (Administração do Estado) e o ex-servidor do estado, Leandro Nunes Azevedo. Neste processo, Daniel, Livânia e Leandro assinaram termo de colaboração premiada.
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