Durante entrevista concedida à imprensa de João Pessoa nesta terça-feira (10), o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) falou com serenidade sobre sua relação política com o atual prefeito da capital paraibana, Cícero Lucena (PP), destacando que eventuais divergências do passado já foram superadas e que mantém respeito pessoal e admiração pela trajetória do aliado histórico.
“Não tenho veto a ninguém. Ocorreram divergências políticas, sem que isso tenha afetado qualquer tipo de relação pessoal, que sempre foi respeitosa — e, sobretudo, as lembranças das tristezas e das alegrias, das dificuldades e das vitórias”, declarou Cássio, ao ser questionado sobre a possibilidade de apoiar uma eventual nova candidatura de Cícero nas eleições de 2026.
Cássio fez questão de sublinhar que o afastamento entre os dois em determinados momentos da política paraibana ocorreu exclusivamente por razões partidárias e estratégicas, sem jamais ter comprometido o respeito mútuo. Ele relembrou a longa trajetória de convivência política entre ambos, que começou ainda nos anos 1990, quando Cícero Lucena foi vice-governador do estado durante a gestão do então governador Ronaldo Cunha Lima, pai de Cássio.
O ex-senador também rememorou momentos importantes em que ambos estiveram do mesmo lado, como as eleições de 2002, quando o grupo político que integravam enfrentou disputas intensas no cenário estadual. Para ele, essas experiências conjuntas ajudam a construir um vínculo que vai além da conjuntura política.
Apesar de atualmente não ocupar cargo público, Cássio continua sendo uma figura influente nos bastidores da política paraibana, especialmente entre os tucanos. Sua declaração reforça sinais de reaproximação com figuras importantes da política local e pode indicar um movimento de articulação em torno de um palanque de centro para as eleições futuras, seja na capital ou no Estado.
Com a gestão de Cícero Lucena ganhando fôlego e já sendo projetada para a reeleição, o aceno de Cássio sinaliza a possibilidade de convergência de forças políticas que estiveram afastadas, mas que têm um histórico comum de governabilidade e protagonismo na Paraíba.
Redação D1