Coletivos culturais da Paraíba repudiam caso de importunação sexual durante preparação de espetáculo em Cajazeiras

Uma nota de repúdio assinada pelo Coletivo Rizomático, pela Marcha Mundial das Mulheres – Núcleo Fátima Cartaxo – e pela Federação Paraibana de Teatro (FPTA) veio a público nesta terça-feira (8) denunciando um grave caso de importunação sexual ocorrido no último domingo (6), durante a preparação de um espetáculo teatral na cidade de Cajazeiras, Sertão da Paraíba.

Segundo o documento, o episódio aconteceu durante a prova de figurino de um espetáculo, momento em que um diretor de teatro vindo de Recife (PE) ficou a sós com um dos atores do elenco e, sem consentimento, tocou e manipulou os órgãos genitais da vítima. O ato foi classificado como um “gravíssimo caso de violência sexual”, rompendo com princípios fundamentais de respeito, ética e dignidade humana.

Na nota, os coletivos denunciam que o caso não é isolado e se soma a uma série de episódios de assédio, abuso e importunação sexual que vêm sendo registrados no meio artístico. O texto aponta que tais práticas são frequentemente cometidas por pessoas em posições de poder e afetam especialmente jovens, mulheres, pessoas negras e LGBTQIAPN+.

“A presença de agressores em processos criativos compromete a integridade, a segurança e a liberdade de todas as pessoas envolvidas, além de reforçar ciclos de violência que não podem mais ser tolerados”, diz um trecho da nota.

Diante da gravidade dos fatos, as entidades exigem o imediato afastamento do agressor de qualquer função artística, pedagógica ou institucional relacionada a este ou a quaisquer outros projetos culturais. Elas também cobram que o caso não seja silenciado ou minimizado por redes de proteção institucional, favores pessoais ou medo de retaliação.

O texto termina com um firme posicionamento contra a impunidade: “Nos solidarizamos com a vítima e com todas as pessoas que ousam romper o silêncio. Seguiremos firmes na construção de espaços seguros, éticos e respeitosos dentro das artes. Importunação é crime. Abuso é crime. Não vamos silenciar”.

A nota recebeu apoio de diversos perfis ligados à cultura e à militância por direitos humanos nas redes sociais, como @coletivorizomatico, @marchamulherescz e @fpta2025, acompanhada das hashtags:
#ImportunaçãoÉViolência #CulturaComRespeito #RepúdioAoAbuso #ArteSemViolência #AfastamentoJá.

A redação do Difusora 1 segue acompanhando o caso e tentará contato com os envolvidos e autoridades locais para obter mais informações sobre os desdobramentos da denúncia.

Veja a nota:

D1 com Blog Cultura CZ

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