Conselheira Tutelar denuncia aluguel de crianças para pedir esmolas em Cajazeiras e alerta para perda de guarda por parte de mães; OUÇA

Durante entrevista ao programa Boca Quente, da Difusora Rádio Cajazeiras, na tarde desta quinta-feira (22), a conselheira tutelar Estela Oliveira fez um alerta grave: Cajazeiras também registra casos de crianças sendo alugadas para pedir esmolas nas ruas, prática ilegal e extremamente danosa ao desenvolvimento infantil. A denúncia ecoa uma situação semelhante exposta esta semana em João Pessoa por um juiz da Infância e Juventude da capital.

Segundo Estela, o Conselho Tutelar de Cajazeiras já identificou mães que estão em vias de perder a guarda dos filhos por submeterem as crianças à mendicância, especialmente em frente a farmácias, supermercados e outros pontos de grande movimentação.

“Sim, temos sim. Inclusive, tem algumas mães que infelizmente estão começando a perder a guarda justamente por isso, por estar em porta de farmácia, supermercados. Nós sempre estamos fazendo o trabalho de supervisão. Quando a gente vê, a gente deixa [a criança] em casa, mas infelizmente tem aquelas que, mal chegam em casa, já retornam novamente”, lamentou a conselheira.

Estela Oliveira ressaltou que, apesar da gravidade da situação, Cajazeiras conta com uma rede sólida e comprometida de proteção à infância e adolescência, composta por diversos órgãos e profissionais.

“Nós temos aqui o Cras, que são meninas muito responsáveis, temos o apoio do CCA, que é a nossa Casa de Acolhimento, o Ministério Público, como minha amiga falou aqui na pessoa do doutor Levi, e o Conselho Tutelar. Essa rede, graças a Deus, tem trabalhado junta e tá dando muito certo. Secretaria de Desenvolvimento, no nome de Juliana Suassuna, Secretaria de Saúde, enfim, nossa rede e o Poder Judiciário, graças a Deus”, completou.

A conselheira reforçou que ações de fiscalização, acolhimento e orientação têm sido constantes, mas que a reincidência por parte de algumas famílias exige medidas mais severas, como a judicialização e até a destituição da guarda, quando necessário.

A fala de Estela Oliveira reforça a urgência de uma mobilização social e institucional mais ampla para combater a exploração infantil e garantir o pleno exercício dos direitos das crianças e adolescentes de Cajazeiras. A população também é incentivada a denunciar situações suspeitas ao Conselho Tutelar e às autoridades competentes.

Veja a entrevista na integra:

Ouça:

Redação D1

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