O desemprego no Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro de 2024, marcando o menor índice da série histórica iniciada em 2012, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução reflete a contínua recuperação do mercado de trabalho e a consolidação de políticas que têm incentivado a geração de empregos formais e informais em diferentes setores.
A taxa representa uma queda em relação aos 8,3% registrados no mesmo período do ano passado e aos 6,7% no trimestre anterior. Em números absolutos, cerca de 1,2 milhão de pessoas deixaram a condição de desemprego no último ano, totalizando 6,5 milhões de brasileiros ainda em busca de uma oportunidade.
Geração de vagas e setores em destaque
O aumento da oferta de vagas foi impulsionado especialmente pelos setores de serviços, comércio e construção civil, que continuam liderando a recuperação econômica pós-pandemia. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também apontou um saldo positivo na criação de empregos formais, com destaque para o crescimento em pequenos negócios e o fortalecimento do empreendedorismo.
Além disso, a expansão de áreas como tecnologia e agronegócio tem contribuído para a absorção de trabalhadores qualificados e para a diversificação do mercado de trabalho, ampliando as oportunidades em diferentes regiões do país.
Desafios persistentes
Apesar da melhora significativa, especialistas alertam que o mercado de trabalho ainda enfrenta desafios estruturais, como a informalidade, que atinge cerca de 38,5% da força de trabalho. Outro ponto crítico é a alta taxa de subutilização da mão de obra, que abrange trabalhadores que gostariam de trabalhar mais horas ou em ocupações condizentes com sua qualificação.
Segundo analistas, é necessário avançar em políticas de qualificação profissional e incentivos ao setor produtivo para garantir que o ritmo de recuperação seja sustentável e inclusivo.
Impacto econômico e social
O recuo do desemprego tem impactos positivos na economia, como o aumento do consumo das famílias, a elevação da arrecadação tributária e a redução dos gastos públicos com programas de assistência. Socialmente, a melhora no mercado de trabalho contribui para a diminuição das desigualdades e para o fortalecimento do bem-estar da população.
Com o índice de desemprego atingindo um patamar historicamente baixo, o governo celebra o momento como um reflexo de medidas adotadas para estimular o crescimento econômico. No entanto, a manutenção desse desempenho dependerá da continuidade de ações para combater a inflação, incentivar investimentos e melhorar o ambiente de negócios no país.
Redação