A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), uma das promessas do governo federal e tema central em debates recentes no Congresso Nacional, deve ficar para o próximo ano. Tanto o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indicaram que a discussão sobre o assunto será retomada apenas em 2025.
A medida vinha sendo considerada como uma das prioridades para aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores de menor renda, mas enfrentou obstáculos no calendário legislativo e na negociação sobre compensações financeiras para sua implementação. Segundo Lira, a pauta não encontrou espaço na agenda deste ano devido a outros temas urgentes, como a aprovação do Orçamento de 2025 e a tramitação de projetos considerados essenciais para o governo.
“O debate é importante, mas exige um estudo detalhado sobre o impacto fiscal e uma negociação mais ampla. Com o tempo apertado e outras prioridades, ficou inviável avançar agora”, afirmou o deputado.
Rodrigo Pacheco, por sua vez, reforçou que a ampliação da isenção do IR depende de ajustes no equilíbrio das contas públicas. Ele destacou a necessidade de encontrar fontes de receita para compensar a renúncia fiscal que a medida geraria. “É uma pauta justa, mas precisamos garantir responsabilidade fiscal. O Senado está comprometido em discutir isso no momento adequado, e 2025 será mais propício para um debate completo e equilibrado”, declarou o senador.
Atualmente, a faixa de isenção do IR está limitada a rendimentos de até R$ 2.112 mensais. Durante a campanha presidencial, o presidente Lula prometeu elevar esse limite para R$ 5.000, beneficiando milhões de trabalhadores. No entanto, a medida exige um planejamento financeiro robusto para evitar impactos negativos nas contas públicas.
Redação