O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou nesta semana que é pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante sua primeira reunião oficial com a bancada do PSD na Câmara dos Deputados, realizada em Brasília, após sua recente filiação ao partido no último dia 9 de maio. Leite deixou o PSDB após anos de militância e passou a integrar o PSD com aval do presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab.
Durante o encontro, Leite reiterou seu compromisso com a construção de uma alternativa de centro para o Brasil e se colocou à disposição do partido para disputar o Palácio do Planalto. “Estamos apenas iniciando as conversas, mas meu nome está à disposição. Quero ajudar o Brasil a retomar o caminho do equilíbrio, da responsabilidade e do diálogo”, disse o governador gaúcho.
A entrada de Leite na disputa acirra a disputa interna no PSD, que também cogita como presidenciável o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior. Questionado sobre um eventual embate interno com o paranaense, Leite preferiu desconversar e afirmou que o partido conduzirá o processo de forma democrática e consensual. “Não estamos ainda no momento de tratar como uma disputa. O PSD é um partido grande, com lideranças qualificadas, e esse debate será feito com serenidade no tempo certo”, declarou.
Apesar do anúncio de Leite, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, segue mantendo outras opções em aberto. Nos bastidores, há articulações que envolvem até um possível apoio ao atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado uma das apostas da direita para 2026. Essa alternativa, no entanto, depende diretamente da posição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que mesmo inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda é apontado como peça central nas definições do campo conservador.
Com o xadrez político de 2026 começando a se desenhar, a confirmação da pré-candidatura de Eduardo Leite insere o nome do gaúcho entre os principais players da chamada “terceira via”, em um cenário ainda indefinido e polarizado. O PSD, que vem buscando ampliar sua força nacional, deverá desempenhar um papel estratégico nas articulações para a sucessão presidencial.
Redação D1