Fundo de previdência do governo Claudio Castro do Rio investiu bilhões em banco envolvido em escandâlo

O Rioprevidência aplicou R$ 2,6 bilhões em fundos ligados ao Banco Master entre 2024 e 2025, buscando taxas mais atrativas. O TCE-RJ apontou “graves irregularidades”, impediu novos aportes e criticou a falta de transparência, medida reforçada após nova decisão em outubro. “Chega de decisões sem transparência, chega de colocar em risco a aposentadoria daqueles que colaboraram com a construção deste estado”, afirmou o conselheiro José Gomes Graciosa. Na terça-feira (18), o Banco Central decretou administração especial temporária e liquidação do conglomerado, e o presidente do Master, Daniel Vorcaro, foi preso ao tentar deixar o país. Para a conselheira Marianna Montebello Willeman, o banco já se encontrava “numa situação falimentar”.

O Tribunal detalhou que parte relevante dos aportes estava concentrada em fundos administrados pelo Master, incluindo mais de R$ 1 bilhão no Arena Fundo de Investimento, no qual o Rioprevidência era o único cotista e cuja rentabilidade média de 4,05% ficou abaixo da poupança e do CDI. Também foram identificados aportes superiores a R$ 300 milhões em letras sem informação disponível e perdas rápidas, como a de um investimento de R$ 100 milhões reduzido a R$ 75 milhões em um mês, o que, segundo o TCE, “evidencia uma gestão possivelmente irresponsável dos recursos do regime previdenciário”.

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Em nota, o Rioprevidência afirmou que “o valor efetivamente investido [no Banco Master] foi de aproximadamente R$ 960 milhões” em letras financeiras entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimentos para 2033 e 2034, e que negocia a troca dos papéis por precatórios federais. A autarquia diz que o pagamento de aposentadorias está garantido e que as aplicações foram feitas em instituição autorizada pelo Banco Central e com rating “A-” da Fitch, reiterando que o montante de R$ 2,6 bilhões decorre de cálculo equivocado do TCE-RJ.

Difusora1 com informações do G1

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