Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), por meio do estudo CNT Rodovias 2024, revela que apenas a gestão pública de rodovias na Paraíba e em Alagoas foi considerada boa no Brasil. O relatório avaliou mais de 110 mil quilômetros da malha rodoviária federal e estadual administrada diretamente pelo poder público.
De acordo com os dados, 24 estados e o Distrito Federal apresentam resultados abaixo de bom, com índices que variam entre regular, ruim e péssimo. Os estados de Paraíba e Alagoas se destacaram positivamente em critérios como pavimentação, sinalização e geometria das vias. Esses fatores contribuíram para a percepção de segurança e fluidez no trânsito.
Contraste com a gestão privada
O estudo também comparou as rodovias geridas pelo setor público com aquelas sob concessão privada. As estradas concedidas registraram índices superiores em termos de qualidade geral, mas a Paraíba e Alagoas surpreenderam, superando algumas rodovias privatizadas em quesitos específicos, como manutenção e eficiência operacional.
Desafios e soluções
A CNT destacou que o bom desempenho nos dois estados se deve a investimentos consistentes em infraestrutura e políticas públicas voltadas à mobilidade. Na Paraíba, obras de recuperação e duplicação de trechos estratégicos, como a BR-230, foram essenciais. Já em Alagoas, o programa estadual de reestruturação viária tem garantido melhorias no tráfego e na conectividade entre municípios.
Entretanto, a pesquisa aponta desafios em âmbito nacional, como a deterioração da pavimentação em rodovias estaduais e a carência de sinalização adequada, especialmente em regiões mais afastadas dos centros urbanos.
Impactos na economia
A qualidade das rodovias é fundamental para a competitividade econômica. Estradas bem conservadas reduzem custos de transporte e aumentam a segurança, beneficiando o escoamento da produção e o turismo. Segundo especialistas, a negligência em grande parte das estradas brasileiras prejudica o desenvolvimento regional e eleva os índices de acidentes.
Necessidade de políticas públicas
O relatório final da CNT alerta para a necessidade de um planejamento estratégico nacional para rodovias, com foco em eficiência e sustentabilidade. A entidade reforça que os bons resultados da Paraíba e de Alagoas podem servir de modelo para outros estados.
A pesquisa será apresentada ao Congresso Nacional e poderá influenciar o orçamento federal para infraestrutura de transportes em 2025, com a proposta de priorizar estados que adotam práticas eficazes na gestão rodoviária.
Redação