Menos de duas semanas após a demissão do ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, depois de sua presença no governo Lula ficar insustentável devido a acusações de assédio moral e sexual, em caso revelado pelo Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado, um assessor da pasta cai, também arrastado por denúncias de assédio moral.
Nesta quinta-feira (19/9), o Diário Oficial da União (DOU) publicou a exoneração de Claudio Augusto Vieira da Silva do cargo de secretário nacional de Defesa da Criança e do Adolescente do Ministério.
As denúncias contra Claudio Augusto teriam chegado às mãos da ministra Esther Dweck, que assumiu interinamente a pasta dos Direitos Humanos após a saída de Almeida. Servidores teriam denunciado “práticas de extrema gravidade que vêm ocorrendo de maneira sistematizada” na secretaria então comandada por ele.
“O guia elaborado pela CGU apresenta 34 exemplos de condutas de assédio moral, das quais 14 práticas podem ser atribuídas, de maneira sistematizadas, ao comportamento do Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudio Augusto Vieira da Silva, contra diversas pessoas que trabalham na SNDCA”, diz a denúncia dos servidores enviada a Dweck, como reportou o site BdF.
Lula demite ministro
No último dia 6, o presidente Lula demitiu Silvio Almeida após de denúncias de assédio sexual feitas ao Me Too Brasil. Uma das vítimas do suposto assédio do ex-ministro teria sido a ministra da Igualdade Racial do governo Lula, Anielle Franco.
Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República anunciou a demissão do ministro por decisão de Lula, diante das “graves denúncias” contra ele. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, disse o comunicado.
A pasta dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) tem à frente, após a queda de Almeida, a ministra Macaé Evaristo.
Metrópoles