O Exército de Israel bombardeou Beirute nesta sexta-feira (20), no maior ataque ao Líbano desde o início da guerra em Gaza, segundo fontes do governo libanês. Mais cedo, o Hezbollah disparou 150 foguetes contra o norte de Israel, em resposta às explosões de pagers e “walkie-talkies” do grupo extremista.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, 12 pessoas morreram, e 59 ficaram feridas no ataque de Israel à capital libanesa. Já o porta-voz do Exército de Israel disse que cerca de dez comandantes do braço de operações militares do Hezbollah foram mortos no ataque.
Entre os mortos, está Ibrahim Aqil, um dos comandantes de operações militares do Hezbollah e o principal alvo do ataque a Beirute. Aqil era também procurado pelo governo dos Estados Unidos por ser suspeito de participar de um atentado à Embaixada dos EUA em Beirute em 1983 (veja imagem abaixo).
“Essa eliminação foi feita para proteger os cidadãos de Israel”, disse o porta-voz.
Segundo o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, as ações militares israelenses no Líbano continuarão “até o nosso objetivo final, o regresso seguro dos moradores do norte às suas casas”. Eles foram removidos pelo governo por segurança após o aumento das tensões com o Hezbollah, após o início da guerra em Gaza.
Mas a imprensa local afirmou que há crianças entre as vítimas e que prédios residenciais e carros foram danificados.
O ataque foi o maior ao Líbano desde o início da guerra com o Hamas, em outubro do ano passado, segundo disseram fontes do governo libanês à agência de notícias Reuters.
Os Estados Unidos pediram que seus cidadãos deixem o Líbano após o ataque. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu nesta sexta adiar uma viagem que faria aos Estados Unidos por conta do aumento das tensões com o Hezbollah.
Já o Hezbollah disse ter lançado 150 foguetes no norte de Israel em sete ataques separados, número bem maior que a média de ataques do grupo extremista ao território israelense. Segundo o grupo, um dos foguetes atingiu o centro de inteligência de Israel no norte do país.
O Hezbollah afirmou ter utilizado nos ataques os foguetes do tipo Katyusha, desenvolvidos na antiga União Soviética e que são capazes de driblar os sistemas de defesa de Israel.
“Em apoio ao nosso povo palestino resistente na Faixa de Gaza e à sua corajosa e honrada resistência, os combatentes da Resistência Islâmica bombardearam novamente na sexta-feira (20) a sede da inteligência principal na região norte com salvas de foguetes Katyusha”, disse o grupo extremista em comunicado.
G1