A juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 76ª Zona Eleitoral de João Pessoa, concedeu nesta segunda-feira (23) prisão domiciliar a Kaline Neres do Nascimento, presa durante a Operação Território Livre, que investiga aliciamento violento de eleitores na capital paraibana. A vereadora Raíssa Lacerda (PSB), apontada como líder do esquema, continua presa na Penitenciária Júlia Maranhão.
Kaline Neres, apontada como articuladora de Raíssa no bairro Alto do Mateus, alegou à Justiça que precisava cuidar de seus dois filhos menores de idade, sendo um deles autista. A decisão inclui a proibição de contato com os demais investigados e o uso de tornozeleira eletrônica.
A Operação Território Livre, deflagrada pela Polícia Federal, investiga práticas de aliciamento de eleitores em João Pessoa. A primeira fase da operação ocorreu em 10 de setembro, com a apreensão de R$ 35 mil em dinheiro. Raíssa Lacerda já era alvo desde essa fase, com mandados de busca e apreensão em sua residência.
A parlamentar, que assumiu a vaga de vereadora após a morte do Professor Gabriel, foi presa dois dias antes do início do período em que candidatos não podem ser detidos, salvo em flagrante. Nesta segunda, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) deve julgar um recurso que pede sua soltura, mas a Procuradoria Regional Eleitoral já deu parecer favorável à manutenção da prisão.
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