O Brasil contabilizou mais de 1.500 casos de Mpox (varíola dos macacos) ao longo de 2024, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. A doença, que ganhou destaque em 2022 como uma emergência de saúde pública global, continua a representar um desafio para o sistema de saúde do país, especialmente em regiões com maior densidade populacional.
De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, os estados do Sudeste lideram o número de registros, com São Paulo e Rio de Janeiro concentrando a maior parte dos casos. O Ministério da Saúde reforçou as ações de vigilância epidemiológica, além de campanhas de conscientização voltadas para a prevenção e o combate à transmissão do vírus.
Perfil da doença
A Mpox é causada por um vírus transmitido por meio de contato próximo com lesões cutâneas, fluidos corporais ou objetos contaminados. Embora geralmente apresente baixa letalidade, os sintomas – como febre, lesões na pele e dores musculares – podem causar desconforto significativo. Em casos raros, complicações mais graves podem surgir, especialmente em pessoas imunossuprimidas.
Prevenção e vacinação
Para conter o avanço da doença, o Ministério da Saúde distribuiu doses de vacina para grupos prioritários, incluindo pessoas que vivem com HIV, profissionais de saúde e aqueles em maior risco de exposição ao vírus. A pasta também recomenda medidas como evitar contato físico próximo com indivíduos infectados e o uso de equipamentos de proteção em ambientes hospitalares.
Desafios persistentes
Especialistas apontam para a importância de uma abordagem coordenada entre estados e municípios para conter a disseminação. “Embora os números sejam menores que em anos anteriores, a Mpox continua sendo uma preocupação relevante, especialmente em comunidades vulneráveis”, destacou uma infectologista da Fiocruz.
O Brasil se mantém alerta e reforça a necessidade de adesão da população às medidas preventivas para evitar uma nova escalada de casos.