Mais de 80 países formalizaram hoje, no Rio de Janeiro, o lançamento da Aliança Global pela Erradicação da Fome e da Pobreza, uma iniciativa que pretende transformar os sistemas alimentares globais e garantir uma redistribuição justa de recursos até 2030. Representantes de governos, organizações internacionais, e da sociedade civil se reuniram para firmar o compromisso, considerado um marco na luta contra a desigualdade.
O evento, que faz parte da Cúpula Internacional de Desenvolvimento Sustentável, reuniu chefes de Estado, especialistas e líderes humanitários. A aliança busca combater a fome extrema que ainda afeta 735 milhões de pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), e reduzir os índices de pobreza global que continuam altos, especialmente em regiões da África Subsaariana, América Latina e Sul da Ásia.
Objetivos da aliança
Entre os principais compromissos assumidos estão:
- Investimento em agricultura sustentável – promover práticas que garantam a segurança alimentar e protejam o meio ambiente.
- Fortalecimento das redes de proteção social – oferecer acesso universal a alimentos e serviços essenciais.
- Redução do desperdício de alimentos – implementar políticas para mitigar perdas ao longo de toda a cadeia produtiva.
- Igualdade de gênero e inclusão social – priorizar a capacitação de mulheres e comunidades marginalizadas.
“Erradicar a fome e a pobreza é uma obrigação moral e política de nosso tempo. Não podemos aceitar que bilhões de dólares circulem nas economias globais enquanto milhões não têm o que comer”, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em discurso na cerimônia de abertura.
Ações conjuntas e desafios
Os países integrantes da aliança se comprometeram a aumentar o financiamento para iniciativas humanitárias e a implementar mecanismos de monitoramento para avaliar os progressos. Especialistas apontam que a cooperação entre nações ricas e em desenvolvimento será crucial para garantir os resultados esperados.
No entanto, a iniciativa enfrenta desafios significativos, como mudanças climáticas, conflitos armados e desigualdades econômicas crescentes, que impactam diretamente a produção e a distribuição de alimentos.
Brasil como protagonista
O Brasil, anfitrião do evento, foi reconhecido por suas políticas inovadoras, como o fortalecimento de programas de transferência de renda e investimentos na agricultura familiar. “Nosso país tem o compromisso de liderar pelo exemplo, mostrando que é possível unir desenvolvimento econômico e justiça social”, destacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando o papel do Brasil na diplomacia global.
A Aliança Global pela Erradicação da Fome e da Pobreza é considerada uma oportunidade histórica para unir esforços e impulsionar uma agenda global transformadora. As primeiras ações concretas devem ser implementadas já em 2025, com monitoramento periódico dos avanços realizados em cada região do mundo.
Redação