Um incidente por pouco não terminou em tragédia na tarde desta terça-feira (8), no município de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa. Um menino de 11 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), caiu em um poço com mais de 10 metros de profundidade, localizado no quintal da casa onde mora com a família.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 14h. Testemunhas relataram que a criança teria retirado a tampa que cobria o reservatório e, ao se aproximar da borda, acabou caindo dentro do poço. A tampa, segundo informações iniciais, não estava devidamente fixada, o que facilitou o acesso do menino ao local.
Enquanto aguardavam a chegada dos socorristas, vizinhos e familiares improvisaram uma tentativa de apoio emergencial: amarraram um pedaço de madeira em uma corda e a lançaram dentro do poço, para que a criança conseguisse se segurar e manter-se consciente até o resgate.
A equipe do Corpo de Bombeiros chegou poucos minutos depois e iniciou a operação de salvamento utilizando equipamentos especializados. Um militar desceu pelo interior do poço com o auxílio de um tripé de ancoragem e utilizou um “fraldão” – dispositivo têxtil que envolve o corpo da vítima com segurança – para içar o menino de volta à superfície.
Apesar da queda de grande altura, o garoto foi resgatado consciente, apresentando apenas escoriações leves pelo corpo. Ele foi imediatamente atendido pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhado ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, na capital paraibana, onde passou por exames de imagem e avaliação clínica.
O estado de saúde da criança é estável e, segundo a equipe médica, ele não corre risco de morte. A ocorrência acendeu um alerta para os cuidados com poços e cisternas em áreas residenciais, especialmente em casas onde vivem crianças ou pessoas com deficiência. O Corpo de Bombeiros orienta que poços devem ser devidamente protegidos com tampas seguras e resistentes, além de sinalização de risco.
A rápida ação da comunidade e a eficiência da equipe de resgate foram determinantes para o desfecho positivo da ocorrência.
Redação D1
