Menino de Dois Anos Torna-se o Mais Jovem Doador de Órgãos da Paraíba

Um gesto de amor e solidariedade marcou a vida de uma família paraibana e de outras que aguardavam por uma chance de recomeçar. Um menino de apenas dois anos tornou-se o mais jovem doador de órgãos registrado na Paraíba em 2024, após a confirmação de morte encefálica causada por um acidente doméstico.

A doação foi autorizada pelos pais da criança, que, mesmo em meio à dor, decidiram transformar sua perda em esperança para outras pessoas. Os órgãos captados foram o coração, o fígado e os rins, que já estão sendo destinados a pacientes em fila de espera, com apoio da Central de Transplantes do Estado.

Ato de Generosidade
De acordo com a Secretaria de Saúde da Paraíba, o gesto é um marco para a conscientização sobre a importância da doação de órgãos. “A decisão dessa família é um exemplo de altruísmo que salva vidas. Cada doador pode beneficiar até oito pessoas, e a atitude deles reforça a necessidade de conversarmos sobre esse tema em nossas casas”, destacou a coordenadora da Central de Transplantes, Rafaela Dias.

Os órgãos captados serão encaminhados para pacientes compatíveis em diferentes estados do Brasil, fortalecendo a rede de transplantes que une esforços regionais. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 50 mil pessoas aguardam por um transplante no país.

Impacto na Fila de Espera
A Paraíba tem se destacado nos últimos anos com ações de conscientização sobre a doação de órgãos. Em 2024, o estado já registrou 40 doações efetivas, mas ainda enfrenta desafios para aumentar a taxa de consentimento familiar, que atualmente é de 60%. “Histórias como a deste menino ajudam a humanizar a causa e a mostrar o impacto direto na vida de quem depende de um transplante”, afirmou Rafaela.

Uma Escolha que Salva
Os pais do menino, que preferiram não se identificar, afirmaram que a decisão de doar os órgãos do filho foi uma forma de manter sua memória viva. “É um consolo saber que ele continuará vivendo em outras pessoas. É o que ele teria desejado se pudesse escolher”, declarou o pai em nota divulgada pela família.

A história do pequeno doador reforça a importância de informar e sensibilizar a sociedade sobre a doação de órgãos, mostrando que, mesmo em momentos de dor, é possível plantar sementes de esperança.


Saiba Mais:

  • A doação de órgãos só pode ser realizada após a confirmação de morte encefálica por equipe médica especializada.
  • Para ser doador, é essencial comunicar a decisão à família, que terá a palavra final sobre o procedimento.
  • Em caso de dúvidas, procure a Central de Transplantes do seu estado.

Redação

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