A presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Michelle Ramalho, articulou uma mudança no estatuto da entidade que permite reeleições ilimitadas para a presidência. A alteração, aprovada discretamente em uma assembleia extraordinária realizada em dezembro de 2024 e protocolada no último dia 13 de maio, revoga a regra anterior que permitia apenas uma reeleição após o mandato inicial de quatro anos.
Com a nova redação do artigo 58, não há mais limites para o número de mandatos consecutivos. A mudança deve beneficiar diretamente Michelle, que ocupa o cargo desde 2018 e, com o novo estatuto, poderá se manter indefinidamente à frente da FPF, desde que reeleita.
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A presidência da entidade segue composta por um presidente e três vice-presidentes, todos com mandatos de quatro anos. A eleição exige o apoio mínimo de 16 entidades (oito clubes profissionais e oito clubes amadores ou ligas).
Michelle, que também é candidata a vice-presidente na chapa única da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encabeçada por Samir Xaud, conta com o apoio de 25 federações estaduais e dez clubes. A eleição da nova diretoria da CBF está marcada para o próximo domingo (25), no Rio de Janeiro. Caso eleita, ela será a primeira mulher a ocupar a vice-presidência da CBF e poderá acumular o cargo da FPF por até 180 dias inicialmente.
A presidência da FPF já foi marcada por longos mandatos: Rosilene Gomes ficou no cargo por 25 anos, de 1989 até 2014, quando foi afastada por decisão judicial. Amadeu Rodrigues assumiu na sequência e foi banido do futebol após a Operação Cartola. Michelle Ramalho, advogada e ex-auditora do STJD, assumiu em 2018 e, agora, com a mudança estatutária, amplia significativamente seu poder dentro do futebol paraibano.
Redação D1