Unificados pelo padrão da FIFA, mas únicos em identidade e história: palcos da nova Copa de Clubes nos EUA revelam a fusão entre espetáculo esportivo e tradição local
A Copa do Mundo de Clubes 2025 promete ser um divisor de águas no futebol internacional. Com 32 equipes, formato inédito e grande ambição comercial, a competição também marca a estreia de uma infraestrutura de elite, baseada em 12 estádios nos Estados Unidos. O que todos esses palcos têm em comum? A exigência de um padrão FIFA de campo — mas fora das quatro linhas, cada um guarda sua própria alma.
De costa a costa, do MetLife Stadium, em Nova Jersey, ao SoFi Stadium, em Los Angeles, os estádios foram cuidadosamente selecionados para atender ao novo perfil do torneio. Todos precisaram adaptar suas estruturas: grama natural obrigatória, medidas padronizadas (105m x 68m) e uma operação logística que vai além do futebol — envolve cultura, clima, acessibilidade e capacidade.
Futebol em terra de touchdowns
Seis dos doze estádios originalmente tinham gramado artificial, padrão na NFL (liga de futebol americano). Mas a FIFA bateu o martelo: para ser palco da competição, era necessário gramado natural — exigência técnica voltada à segurança dos jogadores e à fluidez do jogo.
Foram feitas trocas complexas em arenas como o MetLife Stadium (Nova Jersey), Mercedes-Benz Stadium (Atlanta) e o Lumen Field (Seattle). Já o Lincoln Financial Field (Filadélfia) será o único com campo híbrido no torneio — 95% natural, 5% fibras sintéticas, o suficiente para atender às normas.
Abaixo, conheça os 12 palcos que vão abrigar a nova Copa do Mundo de Clubes:
- MetLife Stadium – East Rutherford, Nova Jersey
Capacidade: 82 mil
Estádio multifuncional, será também sede da final da Copa do Mundo FIFA 2026. Palco de shows históricos, é casa dos New York Giants e New York Jets. - Mercedes-Benz Stadium – Atlanta, Geórgia
Capacidade: 71 mil
Um dos estádios mais tecnológicos do mundo, com teto retrátil em forma de “câmera fotográfica”. Sediará partidas da NFL e do Atlanta United (MLS). - Bank of America Stadium – Charlotte, Carolina do Norte
Capacidade: 74 mil
Casa do Charlotte FC, foi adaptado para o futebol recentemente. O clima sulista e a paixão esportiva local devem criar um ambiente único. - Hard Rock Stadium – Miami, Flórida
Capacidade: 65 mil
Epicentro de grandes eventos esportivos nos EUA, como o Super Bowl e o Grand Prix de Fórmula 1. Vai abrir o torneio com Inter Miami x Al Ahly. - Lumen Field – Seattle, Washington
Capacidade: 68 mil
Famoso por sua acústica — é considerado um dos estádios mais barulhentos do mundo. É casa do Seattle Sounders, clube respeitado na MLS. - Lincoln Financial Field – Filadélfia, Pensilvânia
Capacidade: 69 mil
O campo híbrido foi aprovado pela FIFA. É o lar do Philadelphia Eagles, mas se transforma para receber o futebol com a mesma grandiosidade. - SoFi Stadium – Inglewood, Califórnia (região de Los Angeles)
Capacidade: 70 mil
Estádio mais caro já construído no mundo (cerca de US$ 5 bilhões). Visual futurista e telão 360º tornam cada partida uma experiência cinematográfica. - Levi’s Stadium – Santa Clara, Califórnia
Capacidade: 68 mil
Estádio sustentável e tecnológico, conhecido pelo uso de energia solar. Já recebeu Super Bowl e Copa Ouro. - NRG Stadium – Houston, Texas
Capacidade: 72 mil
Teto retrátil e grama natural adaptada. É um dos centros esportivos mais versáteis do país. - Arrowhead Stadium – Kansas City, Missouri
Capacidade: 76 mil
Clássico e intimidador, com torcedores apaixonados. Será a principal sede do Centro-Oeste dos EUA no torneio. - Gillette Stadium – Foxborough, Massachusetts
Capacidade: 65 mil
Tradicional casa do New England Patriots e do New England Revolution. Passou por reformas para receber o Mundial de Clubes. - AT&T Stadium – Arlington, Texas
Capacidade: 80 mil
Um verdadeiro colosso esportivo. Seu telão central suspenso é o maior do mundo. Também está no roteiro da Copa do Mundo de 2026.
Entre a padronização e a alma
A FIFA quis — e conseguiu — padronizar os campos. Mas cada estádio desta Copa conta uma história própria: de rivalidades locais a conquistas internacionais, de adaptações ousadas ao futebol a torcidas que aprenderão, na prática, o peso de uma competição entre os maiores clubes do mundo.
Em 2025, a bola vai rolar em solo americano com a promessa de espetáculo. E os palcos, prontos e diversos, estão preparados para receber o mundo.
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