O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concluiu, no início do mês, ações da Operação Mandacaru, voltada à proteção da Caatinga, com o objetivo de combater o desmatamento ilegal e outras infrações ambientais na Paraíba.
Durante a fiscalização, agentes ambientais federais flagraram diversas atividades que estavam causando a destruição da vegetação nativa. As áreas degradadas foram identificadas por meio de georreferenciamento, imagens de satélite e sistemas oficiais disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A atuação resultou no embargo de 993 hectares de áreas desmatadas, visando interromper imediatamente a degradação e iniciar o processo de recuperação ambiental, e na apreensão do maquinário utilizado nos atos ilícitos, buscando impedir a continuidade da degradação. As multas aplicadas totalizam R$ 4,1 milhões.
As ações de fiscalização em todo o estado serão intensificadas ao longo dos próximos meses, monitorando as áreas já embargadas, visando garantir o cumprimento das multas e das restrições impostas, além de combater novos desmatamentos ilegais. O objetivo é coibir de forma rigorosa as infrações e assegurar a recuperação da Caatinga paraibana.
Sobre o bioma Caatinga
Bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga tem um papel crucial para a biodiversidade do país, abrigando uma riqueza de espécies endêmicas, ou seja, que só existem naquele local. Essa região do semiárido possui adaptações únicas para sobreviver às condições extremas, com plantas e animais que desenvolveram características específicas para lidar com a seca, como o próprio mandacaru (Cereus jamacaru), que se adapta bem às condições do climáticas do semiárido.
A Caatinga também desempenha funções importantes, como a regulação hídrica, a proteção do solo e a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais para as populações locais.
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