A Paraíba entrou oficialmente em estado de alerta sanitário para a gripe aviária, seguindo a mesma diretriz adotada por todos os estados brasileiros. A medida foi confirmada pela Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) após o primeiro caso da doença ser detectado em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, na última semana.
Apesar da preocupação nacional, não há registros nem suspeitas de gripe aviária na Paraíba até o momento, segundo garantiu a gerente executiva da Sedap, Girlene Alencar, em entrevista ao programa Hora H, da Rádio POP FM e Rede Mais Rádios. Ela explicou que o estado vem atuando de forma preventiva e integrada ao Programa Nacional de Sanidade Avícola, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
“Aqui na Paraíba, nós seguimos o plano nacional que inclui o monitoramento e controle oficial de diversas doenças, entre elas a influenza aviária. Desde o ano passado, estamos coletando amostras biológicas de aves em diversas regiões e enviando aos laboratórios do Ministério da Agricultura. Até agora, não foi detectado nenhum caso no estado, nem nos demais estados da Federação, com exceção do Rio Grande do Sul”, destacou Girlene.
As ações de vigilância sanitária incluem coletas regulares de material biológico em aves silvestres e domésticas, especialmente nas regiões onde há maior concentração da produção avícola. Os polos mais relevantes da avicultura paraibana, de acordo com a gestora, estão localizados na região de Guarabira, em Campina Grande e nos municípios vizinhos, como Soledade.
“A região de Campina Grande e seu entorno, incluindo Soledade, tem uma produção avícola bastante expressiva. Também temos empresas de grande porte em Guarabira. Por isso, nosso trabalho de monitoramento é constante”, acrescentou Girlene.
A Sedap também fez questão de tranquilizar a população sobre um dos principais temores relacionados à gripe aviária: a transmissão para seres humanos não ocorre por meio do consumo de carne ou ovos de aves saudáveis. A principal forma de contágio humano é o contato direto com aves infectadas vivas ou mortas, o que reforça a importância da vigilância nos criatórios.
Com a chegada do inverno e o aumento da migração de aves silvestres — principais vetores da doença —, os órgãos de fiscalização intensificam os cuidados para evitar a entrada do vírus em granjas comerciais e pequenas criações.
A Secretaria reforça que denúncias sobre aves com sintomas suspeitos ou mortandade incomum devem ser feitas imediatamente aos órgãos de vigilância agropecuária para a adoção rápida de medidas de contenção.
Redação D1