O município de Conceição, no Sertão da Paraíba, vive um momento de alerta diante da possibilidade iminente de paralisação dos pipeiros que atuam na Operação Carro-Pipa, responsável pelo abastecimento de água em comunidades que enfrentam escassez hídrica. A categoria ameaça cruzar os braços devido a atrasos no pagamento e problemas contratuais com o Exército Brasileiro, órgão responsável pela execução do programa federal.
A situação é considerada crítica. Se confirmada, a paralisação poderá deixar milhares de pessoas sem acesso à água potável, especialmente em áreas rurais e em comunidades de baixa renda, onde a única fonte de abastecimento são os caminhões-pipa da operação.
A Operação Carro-Pipa, criada pelo governo federal, é uma iniciativa vital para garantir o fornecimento de água em regiões do Nordeste afetadas pela seca, como é o caso de Conceição. No entanto, a instabilidade financeira que tem marcado o programa nos últimos anos, com suspensões temporárias por falta de recursos, tem gerado insegurança tanto para os pipeiros quanto para a população atendida.
Em 2024, o programa já havia enfrentado momentos de suspensão em diversas cidades nordestinas, causando transtornos e ampliando o risco de desabastecimento. Agora, a ameaça de greve dos pipeiros reacende o alerta, exigindo atenção das autoridades locais, estaduais e federais.
Moradores de Conceição e de outras cidades da região do Vale do Piancó acompanham com preocupação os desdobramentos. A expectativa é que o governo federal e o Exército encontrem uma solução rápida para evitar a interrupção no fornecimento de água, que pode representar um colapso humanitário em pleno semiárido paraibano.
Enquanto isso, lideranças comunitárias e representantes dos pipeiros aguardam negociações ou um posicionamento oficial que possa reverter a situação. “Se os carros-pipa pararem, a água some das torneiras de muita gente”, comentou um morador da zona rural de Conceição.
A população, especialmente a mais vulnerável, será a principal afetada. Famílias inteiras podem ficar dias ou até semanas sem acesso a água, agravando problemas sanitários, alimentares e de saúde pública.
As autoridades recomendam que a população acompanhe os noticiários e esteja atenta a possíveis comunicados oficiais. O momento exige urgência, diálogo e compromisso com o bem-estar de milhares de paraibanos que dependem do programa para sobreviver à seca.
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Redação D1