O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aceitou a denúncia da Procuradoria contra o Atlético-MG e pediu a interdição da Arena MRV devido aos atos de violência e vandalismo da torcida atleticana durante o segundo jogo da final da Copa do Brasil contra o Flamengo, realizado no último domingo em Belo Horizonte. A partida foi vencida pelo Flamengo por 1 a 0, garantindo o pentacampeonato nacional.
A Procuradoria requereu que o clube mineiro dispute suas próximas partidas como mandante em outro estádio, com os portões fechados, até que a denúncia seja julgada pelo STJD. O próximo confronto do Atlético-MG em Belo Horizonte será contra o Botafogo, dia 20, pelo Brasileirão. A denúncia destaca “a incapacidade do Atlético em manter a ordem e a segurança na praça desportiva”, classificando como “lastimáveis” e “gravíssimos” os arremessos de bombas e outros objetos em campo, além da invasão de torcedores no gramado.
O clube também enfrentará uma multa de até R$ 100 mil. Uma das bombas arremessadas atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, que precisou ser internado com fraturas e lesões. A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o crime. Outros dois artefatos foram atirados próximos dos jogadores Gonzalo Plata e o goleiro Rossi.
Segundo o especialista em direito esportivo Raphael Paçó Barbieri, as punições podem incluir multa de até R$ 100 mil, interdição e perda de mando de campo, além de possíveis indenizações aos torcedores e profissionais lesados, com base na Lei Geral do Esporte.
Redação