O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, por unanimidade, arquivar a denúncia que acusava o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de manter funcionárias fantasmas em seu gabinete. A decisão foi tomada pela Primeira Câmara na sessão de terça-feira (11/11) e contrariou parecer técnico que recomendava pedir explicações ao parlamentar. Segundo o relator, ministro Jhonatan de Jesus, a representação do Ministério Público junto ao TCU se baseava apenas em reportagens jornalísticas, sem “provas concretas”, e o regimento da Corte exige indícios mínimos para dar andamento à apuração.
Com o arquivamento, o processo é encerrado no TCU, mas o caso segue sob investigação do Ministério Público Federal, que apura possíveis prejuízos aos cofres públicos e indícios de enriquecimento ilícito envolvendo Motta, sua chefe de gabinete e ex-assessoras. A denúncia teve origem em reportagens da Folha de S.Paulo que apontavam a nomeação de servidoras que exerciam outras atividades fora de Brasília, levantando dúvidas sobre a efetiva atuação no gabinete.
O ministro Jhonatan de Jesus, que já foi líder do Republicanos na Câmara entre 2019 e 2020 e foi sucedido por Hugo Motta no comando da bancada, registrou em carta pública agradecimento ao “amigo e companheiro de deputado Hugo Motta” pela parceria no partido. Apesar do encerramento no TCU, as apurações do MPF seguem em andamento.
Difusora1 com informações do Correio Braziliense


