Um atropelamento que resultou na morte do ciclista Diego Rafael Monteiro, de 41 anos, em João Pessoa, ganhou contornos dramáticos e gerou fortes declarações das autoridades locais. O delegado seccional Eriberto Maciel, que comanda as investigações, afirmou que “não se trata de um mero acidente de trânsito”. Segundo ele, o caso pode ser classificado como homicídio doloso com dolo eventual, o que significa que o motorista teria assumido o risco de matar com sua conduta no trânsito. A investigação já revela indícios de que a morte não foi apenas uma fatalidade.
Diego Monteiro foi atropelado enquanto pedalava na rodovia PB-008 e não resistiu aos ferimentos. O motorista suspeito, identificado como João da Silva Evangelista Idelfonso, de 38 anos, alega que estava dirigindo dentro da velocidade permitida, que é de 50 km/h. No entanto, testemunhas contradizem sua versão, afirmando que o veículo estava em velocidade superior. Para complicar ainda mais a defesa do suspeito, outro ciclista também foi atingido no incidente, evidenciando a gravidade da situação e a possível imprudência do motorista.
Com base nos depoimentos e nas evidências coletadas até agora, o delegado Maciel afirmou que a classificação do crime como homicídio doloso com dolo eventual se justifica. Isso ocorre quando se entende que o condutor sabia dos riscos de sua ação e, ainda assim, seguiu com o comportamento imprudente que resultou na morte de Diego. As investigações estão em estágio avançado, e o inquérito deverá ser concluído em breve, dentro do prazo de 30 dias estipulado, podendo ser prorrogado conforme a necessidade.
A situação ficou ainda mais tensa quando a Polícia Civil pediu a prisão temporária do suspeito, que foi negada pela Justiça. O motorista, que não foi detido, apresentou defesa e aguarda a decisão judicial sobre se responderá ao processo em liberdade ou preso. O fato de o suspeito ter ficado em liberdade temporária gerou discussões sobre a gravidade do caso e a sensação de impunidade que permeia situações semelhantes no trânsito.
Esse caso destaca a importância de um trânsito mais seguro e consciente, onde a responsabilidade dos motoristas deve ser cobrada de forma rigorosa. O atropelamento fatal de Diego Rafael Monteiro serve como um alerta para a necessidade de medidas mais eficazes no combate à imprudência e à violência no trânsito. O desfecho das investigações e a eventual responsabilização do motorista serão fundamentais para garantir justiça à vítima e evitar que tragédias semelhantes se repitam.
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