Projeto da UEPB resgata e conserva fósseis em Sousa e reforça preservação da história natural

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) está desenvolvendo um projeto inovador voltado para o resgate e a conservação de fósseis no município de Sousa, localizado no Sertão paraibano. Conhecida como “a terra dos dinossauros”, Sousa abriga vestígios paleontológicos de grande relevância, incluindo pegadas fossilizadas, que atraem pesquisadores e visitantes de diversas partes do mundo.

O projeto, conduzido por pesquisadores do Departamento de Geografia e História da UEPB, busca catalogar e preservar fósseis encontrados na região, além de promover a conscientização sobre a importância da preservação do patrimônio natural. O trabalho inclui escavações, análises laboratoriais e a criação de um acervo acessível à comunidade acadêmica e ao público em geral.

De acordo com o coordenador do projeto, professor João Medeiros, a iniciativa não apenas fortalece o conhecimento científico, mas também estimula o turismo sustentável na região. “Os fósseis encontrados aqui são testemunhos da história da Terra e representam um patrimônio que precisamos proteger. Nosso objetivo é garantir que essas descobertas contribuam para o desenvolvimento científico e cultural da sociedade”, destacou Medeiros.

O município de Sousa, que já abriga o renomado Vale dos Dinossauros, se beneficia diretamente do projeto, uma vez que a iniciativa promove a integração entre ciência, educação e desenvolvimento local. A parceria com escolas e instituições locais tem possibilitado a realização de oficinas e visitas guiadas, incentivando crianças e jovens a se interessarem pela ciência.

Além disso, a UEPB planeja expandir a iniciativa com a criação de um centro de estudos paleontológicos em Sousa, que poderá abrigar exposições permanentes e temporárias, fortalecendo a cidade como um polo de referência no estudo de fósseis no Nordeste brasileiro.

O projeto também enfrenta desafios, como a necessidade de recursos para ampliar as atividades e combater o tráfico de fósseis, uma prática ilegal que ameaça a integridade do patrimônio natural da região. No entanto, a mobilização da UEPB e de parceiros reforça o compromisso com a conservação e o uso sustentável desses bens históricos.

Com iniciativas como essa, Sousa reafirma seu papel no mapa paleontológico mundial, enquanto a UEPB demonstra o impacto transformador que a ciência e a educação podem ter na preservação da memória da Terra.

Redação

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